IEF alerta para risco de incêndios florestais devido à onda de calor que chegou ao Brasil

A onda de calor que chegou ao Brasil nesta semana traz, além do impacto para a saúde humana, um aumento do risco de incêndios florestais no Triângulo Mineiro e em outras regiões do Estado. De acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), as altas temperaturas representam um risco elevado para a propagação das chamas nas Unidades de Conservação (UCs).

A previsão do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge) indica a possibilidade de os termômetros estarem 5°C acima da média no Triângulo Mineiro. Segundo o Simge, há um fluxo de vento que está advectando (transferência de calor ou matéria pelo fluxo de um fluido, especialmente na atmosfera ou no mar) ar quente para o Sul do país e deverá, a partir desta quarta-feira (20), elevar as temperaturas no setor oeste do Triângulo, especialmente na divisa com os estados de Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul. As máximas neste setor deverão ser em torno dos 39°C. 

O calor extremo cria condições propícias para o surgimento de incêndios florestais, representando uma ameaça aos ecossistemas e à fauna que neles habita. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) alerta que as altas temperaturas representam um risco elevado para a propagação das chamas nas Unidades de Conservação (UCs).

Como não há uma previsão de chuva, esse cenário se torna ainda mais crítico. O IEF está alertando suas equipes e mobilizando mais aviões para fazer o combate às chamas. Atualmente, o Estado conta com duas aeronaves para esse trabalho e tem intensificado as ações por meio do programa Minas Contra o Fogo, desenvolvido em parceria com 36 municípios do Estado.  

Por meio dessa iniciativa, são feitos, ao longo do ano, capacitações de brigadistas, auxílio na elaboração e execução de planos de contingência para a prevenção e combate em áreas públicas e privadas, além de orientação às prefeituras para decretação de emergência, em caso de necessidade. 

Promovido pelo IEF, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Cedec e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o Minas Contra o Fogo integra os municípios mineiros que apresentaram, entre 2013 e 2021, focos de incêndios em UCs dentro de seus limites territoriais. Segundo estimativa do IEF, cerca de 97% das queimadas são decorrentes de ação humana.