Igreja Católica pede jejum e faz caminhadas na Sexta da Paixão

As atividades religiosas da Igreja Católica, nesta Sexta-Feira da Paixão, serão abertas às 5h da manhã com caminhadas penitenciais. À tarde, às 15h, em todas as 26 paróquias, haverá a cerimônia da Veneração da Cruz.

A Caminha Penitencial mais antiga é a da Igreja da Adoração, no bairro Mercês. Esta é a 12ª edição da caminhada, que tem o seu trajeto saindo da praça Dom Eduardo em direção à Medalha Milagrosa; depois, paróquia da Ressurreição, no bairro Santa Marta, Carmelo, na avenida da Saudade, e retorno à Adoração pela Alexandre Barbosa. O começo do percurso, ainda de madrugada, é feito com velas, muita oração, cânticos e momentos de reflexão.

Este tipo de caminhada é feito também pelas paróquias Santa Bárbara (no Valim de Melo), São Geraldo, no Alfredo Freire, e Santuário da Abadia, no bairro Abadia.

Já à tarde, a partir de 15h, em todas as paróquias de Uberaba, haverá a cerimônia da Veneração da Cruz. O arcebispo dom Roque Oppermann irá presidir celebração na Catedral Metropolitana. Em algumas cerimônias os padres realizam vias-sacras ou até encenam o Evangelho da Paixão e Morte de Cristo, como é o caso da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no bairro de Lourdes.

À noite, por volta de 19h, boa parte das paróquias realiza a Procissão do Senhor Morto. A mais tradicional é a da Catedral Metropolitana. Outras paróquias fazem opção pelo teatro da Paixão e Morte de Cristo.

Como ressalta dom Roque Oppermann, a Sexta-Feira da Paixão é dia oficial de jejum e abstinência de carne vermelha pela Igreja Católica. Ele observa, no entanto, que o cristão não deve cometer exageros, como ficar o dia inteiro sem comer e beber. “Basta fazer redução das refeições”, destaca ele, ressaltando que este tipo de ação visa a solidarizar-se com o sofrimento de Cristo no caminho para o calvário e com os pobres, na maioria das vezes sem recursos para uma alimentação adequada.

O arcebispo uberabense enfatiza que o mais importante, porém, é que o cristão busque a sua conversão. “Para tanto, a Sexta da Paixão deve ser um dia de recolhimento, de reflexão e de mudança de atitude em busca de uma vida nova, desapegada das coisas mundanas e ligada aos exemplos de amor, justiça e fraternidade deixados por Jesus Cristo”, arremata dom Roque Oppermann.