Incêndios registrados em Uberaba de janeiro a agosto já superou total de 2023

Em oito meses, o número de incêndios registrados em Uberaba já superou o total de 2023. De janeiro a agosto, foram atendidas 434 ocorrências de queimadas na área urbana e rural da cidade. No ano passado, o mesmo período contabilizou 316 episódios, representando um aumento de 37%. Quanto ao total anual, foram registradas 418 situações, o que representa 3% a menos do que o número observado até agora em 2024. 

Segundo o balanço do Corpo de Bombeiros, o mês que mais registrou queimadas em ambos os anos foi julho, com 103 casos em 2023 e 121 em 2024, um aumento de 17%. Em 2023, agosto e setembro ocupavam o segundo e terceiro lugar no ranking de meses com mais ocorrências, com 79 e 69 registros, respectivamente. No entanto, em 2024, esses meses foram substituídos por junho (105 casos) e maio (97 episódios). 

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Vale destacar que, em apenas 26 dias, agosto já contabilizou 76 incêndios, o que corresponde a 96% do total combatido no mesmo mês do ano passado. 

O balanço do 8º Batalhão de Bombeiros Militares também aponta que a maioria dos incêndios em 2024 ocorreu em lotes vagos na área urbana, com 162 registros. Além disso, foram relatadas 104 ocorrências em áreas urbanas não protegidas, 79 em pastagens e 42 em regiões rurais não preservadas. 

No ano passado, o relatório indicou 214 queimadas em lotes vagos na área urbana, 70 em áreas urbanas não protegidas, 54 em pastagens e 35 nas margens de rodovias. 

Uberaba não registra chuvas há quase 140 dias, e o tempo seco tem contribuído para o aumento das queimadas. Segundo a climatologista Alcione Wagner, apesar da previsão de queda nas temperaturas até o meio da semana, ainda não há perspectiva de precipitação para a cidade. 

"Não há previsão de chuva, mas a umidade relativa do ar deve melhorar, variando entre 40% e 70%. A partir de quarta-feira (28), o ar frio gradualmente perde força, e o ar quente e seco volta a predominar, elevando as temperaturas com máximas previstas entre 30ºC e 35ºC. A umidade mínima deve cair para entre 20% e 30%, configurando um novo bloqueio atmosférico que dificulta a formação de nuvens e chuvas, o que aumenta a possibilidade de novas queimadas na região", alerta Wagner.