Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais (Ipserv) deverá resgatar apenas 78% do total aplicado no extinto Banco Santos. A estimativa é do presidente do órgão, Afrânio Prata, ressaltando que não há como estabelecer prazo para recebimento dos valores porque o processo de negociação entre os credores é demorado.
De acordo com o presidente do Ipserv, escritório contratado pelo grupo de credores do Banco Santos está sendo consistente nas cobranças, porém, como as negociações envolvem massa falida e acordos, os repasses devem se estender nos próximos dez anos. Mesmo assim, ele não acredita no recebimento total das aplicações. “Tenho expectativa de receber 78% do valor do montante no fritar dos ovos”, afirma. Com base na estimativa, o instituto ainda teria aproximadamente
R$ 800 mil a receber do banco.
Em entrevista à Rádio JM, Afrânio destaca que o último crédito referente ao Banco Santos foi depositado em setembro do ano passado. Até agora, R$ 533.552,23 foram resgatados, o que corresponde a 35% dos R$ 1.767.548,05 que foram aplicados na instituição em 2004.
No entanto, Afrânio comemora o resultado das compensações financeiras junto do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com ele, o Ipserv conseguiu receber R$ 395.164,17 no ano passado. A perspectiva é mais R$ 1 milhão em compensação do INSS agora em 2010.
O Instituto conta com R$ 83 milhões em caixa aplicados na Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Itaú. Outros R$ 40 milhões estão em parcelamentos da Prefeitura, Codau, Câmara e Fundação Cultural. De acordo com Afrânio, as renegociações são positivas, pois Ministério da Previdência exige a regularidade do pagamento para emissão do certificado que permite celebrar convênios e receber verba de entes federais. Além disso, ele salienta que os juros desses financiamentos são o dobro das demais aplicações financeiras.