CIDADE

Legislativo cria frente para apoiar instalação do gasoduto Bolívia/Brasil

O gasoduto Bolívia-Brasil entrou na pauta de discussão na sessão ordinária da Câmara de Vereadores na tarde de ontem. A importância para Uberaba

Mára Santos
Publicado em 20/10/2009 às 00:21Atualizado em 20/12/2022 às 09:59
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O gasoduto Bolívia-Brasil entrou na pauta de discussão na sessão ordinária da Câmara de Vereadores na tarde de ontem. A importância para Uberaba e região foi apresentada pelo assessor especial da Prefeitura, Carlos Francisco de Assis Pereira, convidado pelo vereador Samuel Pereira (PR).

Assis explicou que o assunto é discutido há vários anos e enfatizou que o município fez a sua parte, não deixando de destacar a necessidade de empenho imediato do Estado, através do governador Aécio Neves, e junto ao Governo Federal para garantir que o gasoduto passe por Uberaba.

Entusiasmado, ele informou que, junto com o gasoduto, a cidade também pode receber uma planta de ureia e amônia, avaliada em US$ 2,3 bilhões, maior que a unidade da Fosfertil, a maior produtora de fosfatado da América Latina. Muito usada em ciclos de compressão devido ao seu elevado calor de vaporização e temperatura crítica, a amônia também é utilizada em processos de absorção em combinação com a água. A amônia e seus derivados, como ureia, nitrato de amônio e outros, são usados na agricultura como fertilizantes. Também é componente de vários produtos de limpeza. Outro produto importante derivado da amônia é o ácido nítrico.

Segundo Assis, após algumas pesquisas, o governo definiu a Petrobras como única responsável pela produção de amônia e ureia a ser desenvolvida no país. “Mas, para isso, é preciso o gás natural”, explicou.

Assis lembrou que o fosfato, produzido pela Fosfertil, é o “esposo” da ureia, fazendo com que a possível instalação da planta na região seja de muita rentabilidade para a Petrobras. “Não podemos mais centralizar as unidades de produção no Nordeste do país, como acontece hoje”, disse o secretário. Atualmente, 65% da ureia produzida no país são importados.

Ele destacou ainda que no ano passado passaram pela região, através dos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Vitória (ES), 1,3 milhão toneladas de ureia, importadas de outros países. “É preciso que o Estado crie um momento de coragem, pois até o fim do ano a Petrobras deve divulgar onde a planta será instalada”, ressaltou Assis, lembrando que apenas a Fosfertil gasta cerca de US$ 30 milhões por ano na aquisição de amônia. Ele citou o Estado de Goiás, que também poderá ser beneficiado, como importante parceiro.

O presidente da Câmara, Lourival dos Santos (PCdoB), solicitou ao assessor da Prefeitura um respaldo técnico para criar uma Frente Parlamentar de apoio ao gasoduto, mobilizando outras câmaras e prefeituras da região com o mesmo objetivo. A sugestão foi aprovada pelos parlamentares.

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