A mulher relata ter chegado à UPA Mirante por volta de 9h da manhã desta terça-feira (12) com o filho, de 10 anos, com suspeita de fratura em um dos joelhos (Foto/Arquivo)
Leitora do Jornal da Manhã acionou a reportagem indignada com a demora no atendimento recebido pelo filho dela, de 10 anos, na unidade de pronto atendimento do Parque do Mirante. Segundo ela, foram 40 minutos só para fazer a ficha. Mas o problema maior foi a demora para levá-lo para atendimento com especialista no Hospital Regional. Questionada, a Sociedade Educacional Uberabense informa que o procedimento é padrão para "melhor proteção do paciente".
A mulher relata ter chegado à UPA Mirante por volta de 9h da manhã desta terça-feira (12) com o filho, de 10 anos, com suspeita de fratura em um dos joelhos. Uma vez iniciado o atendimento, a equipe lhe disse que a análise do raio-x deveria ser feita por um ortopedista pelo WhatsApp, já que a unidade não dispõe de especialista.
Após a confirmação de que o osso havia trincado, a equipe médica solicitou que ele fosse encaminhado ao Hospital Regional. "Eu estou de carro aqui, aí eu pedi a ela para me dar os papéis que eu vou direto para o Regional, porque não vou ficar aqui aguardando para levar meu filho. Mas não deixaram, disseram que tem que esperar o atendimento chamar uma ambulância", disse ela, indignada. "Eu falei para ela que não ia ficar aqui mais de uma hora esperando. Se ela me desse o papel eu já levava ele e já tinha sido atendido, aí agora tenho que ficar aqui esperando eles resolverem achar uma ambulância que possa levar ele?", acrescentou.
A regulação para a unidade hospitalar foi feita e é procedimento padrão em todas as unidades de saúde de Uberaba. Questionada pela reportagem do Jornal da Manhã, a Sociedade Educacional Uberabense (SEU), que é a gestora das UPAs e também do Hospital Regional, esclarece que as unidades de pronto-atendimento não póssuem especialistas. "Essa é uma definição e uma obrigatoriedade do Ministério da Saúde para não descaracterizar o tipo de atendimento (imediato e de estabilização) que deve ser praticado em uma UPA", afirma, em nota.
Sobre levar a criança para o Hospital Regional em veículo próprio, a SEU explica se tratar de norma de segurança. "Uma vez que o paciente é recebido e atendido numa unidade de saúde, e referenciado para outra unidade onde irá dar continuidade ao seu tratamento, não se pode mais deixar que ele seja transportado sem acompanhamento da equipe assistencial. Se algo ocorrer no caminho com esse paciente - por exemplo uma parada cardíaca - a equipe assistencial tem condições de dar o suporte e o paciente já está inserido em um sistema de atendimento", pontua.
Por fim, a nota explica o tempo para que essa regulação se efetive, apontando que a gravidade dos casos é levada em consideração no tempo de espera. "A priorização de transferências de pacientes com a utilização de ambulâncias segue um fluxo de determinação técnica que vai dos casos mais graves para os menos graves. Por isso, por vezes, a demora mas transferências visto que há uma ambulância disponível para cada unidade de pronto atendimento que serve para as internações das UPAs nos hospitais e também para suporte na realização de exames complementares adicionais não disponibilizados eventualmente nas UPAs", finaliza.