Balanço do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, regional de Uberaba, das 40 escolas estaduais em Uberaba, 25 pararam parcialmente, 12 escolas não paralisam e três ficaram totalmente fechadas na quinta-feira (22).
De acordo com a coordenadora regional do SindUTE, em Uberaba, Maria Aparecida Oliveira, os servidores da Educação em Minas formaram uma frente de defesa que conquistou resultados importantes, no ano passado, como a não votação do projeto de Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do Estado, pela Assembleia Legislativa. E, a paralisação deflagrada na quinta-feira foi com vistas a manutenção do movimento, agora em prol da campanha salarial 2024.
“O governo (Romeu) Zema continua a negar o pagamento do Piso Nacional do Magistério, que já está regulamentado. Não paga nem o valor proporcional. Hoje o piso é de R$ 4.580, com o aumento de pouco mais de 3%. É preciso valorizar os servidores do magistério”, disse Maria Aparecida.
Ainda conforme a coordenadora do SindUTE em Uberaba, o sindicato se posiciona contra as propostas do governo estadual, de criação do Diário Eletrônico nas escolas, da transferência de escolas do Estado para os municípios e a iniciativa privada.
Maria Aparecida informou também que o governo de Minas Gerais foi notificado da paralisação. “Vamos juntos construir a jornada de lutas da Campanha Salarial Educacional 2024”, ressaltou.
A coordenadora regional do SindUTE em Uberaba, participou da assembleia geral da categoria que foi realizada em Belo Horizonte.
Outro ponto apresentado pelo SindUTE no dia de paralisação foi a defesa da vacinação para preservar a saúde e, principalmente, a vida de todos, incluindo as crianças e adolescentes. O sindicato destacou que é necessário a ampliação da imunização nas escolas públicas e privadas do Estado com base no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
No Brasil, uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, de 2022, apontou um avanço do negacionismo científico e seus efeitos na vacinação. Cerca de 86% das pessoas relataram considerar a imunização importante para proteger a saúde pública. No entanto, quase 20% também responderam que não acham os imunizantes necessários.
Mesmo no grupo favorável às vacinas, ainda houve resistência, pois 46% consideraram que as vacinas causam efeitos colaterais perigosos para a saúde.