Manifestação leva cerca de 100 enfermeiros para a Prefeitura

Cerca de 100 enfermeiros da rede municipal de saúde estiveram reunidos na porta da Prefeitura Municipal de Uberaba, nesta terça-feira (14), para reivindicar o cumprimento do piso nacional da categoria. Apesar de não conseguirem conversar com a prefeita Elisa Araújo, os manifestantes conseguiram marcar uma nova reunião com o Governo para quarta-feira (15), às 14h.

De acordo com Sander Carlos Souza, um dos representantes da classe no movimento, houve uma reunião, na segunda, com as secretarias de Saúde, Governo e Administração. Na pauta estava a apresentação da minuta de Projeto de Lei (PL) que garante o pagamento do piso, prometido pela prefeita Elisa Araújo no ano passado.

Entretanto, o encontro não foi produtivo, e os enfermeiros não foram devidamente esclarecidos sobre a situação da minuta e a construção do pagamento. “Foram três horas de reunião para, no fim, não ter solução. Acredito que foi uma tentativa de nos fazer recuar da manifestação”, avaliou Sander.

Desta forma, a paralisação foi mantida nesta terça, durante 24h, com término às 7h desta quarta. O representante garante que o movimento está dentro dos parâmetros legais e não há prejuízo para o atendimento à saúde na cidade. “A lei diz que 70% dos serviços de saúde têm que estar ativo, e 100% estão ativos. E que 30% dos funcionários totais, não só da enfermagem, tem que estar presentes. Mas nós tomamos o cuidado de deixar 30% de enfermeiros. Na verdade, quando falamos de paralisação, começam a falar que não pode, mas a gente não faz a paralisação sem conhecimento. Temos conhecimento dos nossos direitos e o que precisamos resguardar”, diz.

A manifestação estava marcada para às 13h, e os enfermeiros solicitaram uma reunião com a prefeita Elisa Araújo, o que não aconteceu. Mas, a secretária de Administração, Eclair Gomes, esteve presente e marcou uma outra reunião com a categoria, nesta quarta, às 14h, sem confirmação de participantes. Também estiveram presentes os vereadores Tulio Micheli, Lu Fachinelli e China.

“O que queremos é construirmos juntos a minuta. E a reunião de segunda foi apenas para nos pressionar sobre o movimento, mas não foi resolvido nada”, finalizou Sander Souza.