Até julho deste ano, o “Mário Palmério” já realizou nove transplantes renais; ano passado, foram 27 (Foto/Reprodução)
Para marcar o Setembro Verde, o Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), em parceria com a Liga Acadêmica de Nefrologia, Urologia e Transplante da Uniube (Lanute) e a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), realiza um simpósio nos dias 23 e 24 de setembro para discutir a importância da doação de órgãos. O evento, que contará com palestras e uma simulação realística de morte encefálica, é direcionado a profissionais de saúde, colaboradores e ao público em geral.
O Brasil é um dos líderes em transplantes, ocupando o segundo lugar no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2023, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), foram realizados mais de 24 mil transplantes, abrangendo órgãos sólidos, tecidos e células. O país possui o maior programa público de transplantes do mundo, com 90% dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Até julho de 2024, o MPHU já realizou nove transplantes renais, reforçando seu compromisso com a saúde da comunidade. Em 2023, o hospital realizou 27 transplantes renais, com uma média de 2,25 procedimentos mensais.
O médico intensivista Hudson Gomes Pires ressalta a importância de informar a família sobre o desejo de ser um doador. “Para ser um doador de órgãos, é fundamental comunicar essa vontade à família, já que a doação só pode ser realizada com a autorização formal dos familiares após o óbito do doador”, explica.
A programação do simpósio inclui uma simulação realística do processo de doação de órgãos e diversas palestras sobre temas como o diagnóstico de morte encefálica e a entrevista com a família para a doação. Segundo a enfermeira Bruna Cristian Borges, responsável pela CIHDOTT, o simpósio visa ampliar o conhecimento de acadêmicos e profissionais sobre o processo de doação, superando medos e inseguranças que ainda fazem parte da cultura brasileira.
Beatriz Scarelli, acadêmica de medicina e integrante da Lanute, destaca que o objetivo do simpósio é dar visibilidade à doação de órgãos, um ato que ela considera como “doar vida e proporcionar uma segunda chance a alguém”.
O MPHU, por meio do CIHDOTT e da Lanute, realiza um trabalho contínuo de conscientização sobre a doação de órgãos, incluindo palestras, entrega de panfletos informativos e simulações realísticas em escolas públicas, unidades de saúde e na própria Uniube.