A Superintendência Regional de Saúde (SRS) Uberaba realizou, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), uma capacitação em manejo clínico da dengue para mais de 160 médicos e enfermeiros dos 27 municípios da região.
De acordo com a SRS, a ação faz parte do planejamento estratégico da SES para enfrentamento da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Por conta do aumento do número de casos de arboviroses nos últimos meses, a SRS de Uberaba vem implementando novas ações de combate ao vetor das doenças provocadas pelo Aedes aegypti, na Macrorregião de Saúde Triângulo Sul.
Os números de casos de dengue na região passam de 1.134, com oito óbitos estão em investigação pela doença e 18 casos de chikungunya foram confirmados, conforme dados extraídos do Painel de Arboviroses.
Denise Maciel, coordenadora de vigilância epidemiológica da SRS Uberaba, diz que a equipe regional vem buscando parcerias no trabalho de combate, inclusive com outras instituições, para intervenções adequadas na situação de epidemia da região. Segundo ela, “para controlar as arboviroses, é preciso trabalhar em conjunto, envolvendo a comunidade em ações de educação, parceria com ministério público, universidades, além das medidas de controle vetorial, acompanhamento semanal dos casos e análises de incidência”.
Para monitorar a situação, o Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses da SRS Uberaba, vem se reunindo semanalmente, desencadeando ações de suporte aos municípios, especialmente os mais afetados, com alta e muito alta incidência de casos prováveis nas quatro últimas semanas epidemiológicas. Visitas aos municípios, contato direto com gestores e equipes técnicas, divulgações constantes de materiais de apoio e capacitações, emissões de alertas e parceria com o Ministério Público, para garantir ações de combate ao Aedes nos municípios, vêm sendo realizadas.
A capacitação promovida pela SRS contou com a condução do médico infectologista e professor da UFTM, Rodrigo Molina.
Molina alerta para que a população esteja atenta a sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos e manchas no corpo. “Em caso desses sintomas, deve-se procurar ajuda médica e não se automedicar, pois algumas medicações podem levar ao agravamento dos quadros de dengue. Já os profissionais de saúde, devem conhecer o manejo da dengue orientado pelo Ministério da Saúde e sempre classificar os pacientes de acordo com os grupos A, B, C ou D”.
“No grupo A, estão aqueles com suspeita de dengue, sem alteração na prova do laço e que não pertencem a grupos de risco. No grupo B, pacientes com prova do laço positiva e que tenham alguma comorbidade ou pertençam a grupos de risco. No grupo C, os pacientes com sinais de alarme, como febre muito alta, dor abdominal e queda importante de plaquetas. No grupo D, estão os pacientes em quadro de choque. Cada grupo tem um manejo adequado e, para todos eles, a hidratação é fundamental”, conclui Molina.