No primeiro dia de adesão à greve nacional, 90 médicos residentes se reuniram durante o dia de ontem no Anfiteatro B, do Centro Educacional e Administrativo da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
De acordo com o membro da comissão de greve Paulo Magno Santos Guimarães, os manifestantes estão organizando as mobilizações de forma a mostrar para a comunidade como é o trabalho desenvolvido pela classe. “Nós queremos que a sociedade preste atenção nas condições em que trabalhamos”, pontuou ele, referindo-se ao valor pago pela bolsa-auxílio.
Paulo ressaltou que os vencimentos são R$ 1.916,45 e estão congelados desde 2006, quando foi proposto um reajuste de 20%, mas nunca aplicado. “Nós solicitamos o aumento corrigido, além de gratificação natalina, o aumento da licença-maternidade de quatro para seis meses e o auxílio-moradia e alimentação, previstos na Constituição”, destacou.
Junto ao requerimento feito pelo movimento, os residentes cobram revisão da carga horária, que, apesar de ser designada como 60 horas semanais, não está sendo devidamente cumprida. Guimarães observa que alguns residentes extrapolam e trabalham até 100 horas semanais.
Quanto ao questionamento sobre o impacto da interrupção na atuação dos médicos sobre a população, a comissão informou que segue as recomendações da Associação Nacional dos Médicos Residentes e que atividades de urgência e emergência nos pronto-socorros e Unidades de Terapia Intensiva continuam normalmente, para não prejudicar quem necessita dos serviços de saúde, mas a paralisação seguirá por tempo indeterminado.