Minas de Minas: Uniube sedia maratona estadual de computação com mulheres e pessoas não binárias

No dia 4 de outubro, a Uniube em parceria com o Instituto Federal do Triângulo Mineiro - IFTM Campus Uberaba Parque Tecnológico, será sede da 1ª Maratona de Programação Minas de Minas voltada para mulheres e pessoas não binárias. São mais de 120 inscritos e mais de 50 equipes na competição, que reunirá acadêmicos da área de computação, estudantes do Ensino Médio e do 8º ou 9º ano do Ensino Fundamental de várias regiões do Estado de Minas Gerais.

O evento realizado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) conta ainda com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino Superior (PROES) da Uniube, dos cursos presenciais de Tecnologia da Informação e da Unitecne, incubadora de empresas da Universidade. 

Mais do que uma competição tecnológica, a maratona busca ir além ao promover um movimento pela equidade, inovação e diversidade na tecnologia, mostrando na prática que o lugar das mulheres e pessoas não binárias, com identidade feminina ou neutra, também pode ser nos códigos, algoritmos e soluções digitais.

“Espero que iniciativas como essa continuem, pois são boas não só para quem já está na área, mas ainda mais para aquelas pessoas que sonham em entrar e precisam de incentivo para acreditar que esse espaço também é delas”, diz a acadêmica do 8º período do curso de Engenharia da Computação da Uniube, Júlia Cartafina Del Duque, que também é graduada em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Universidade e participará da competição.

A participação feminina e de não binários na tecnologia

Segundo o Relatório Setorial 2024 - Macrossetor de TIC da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), no Brasil, houve um crescimento de 39,1% na participação feminina no setor de TIC.

Esse dado representa um aumento de 1,1 p.p. nos últimos cinco anos, reduzindo em 9,5 p.p. a disparidade de gênero. Além disso, de acordo com o Censo da Diversidade - Setor TIC, também realizado pela Brasscom, dos 20,6 mil respondentes que atuam no setor de TIC, 34,2% são mulheres e 1% se declaram como pessoas não binárias.

Segundo o Boletim Mulheres no Mercado de Trabalho divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego em março deste ano em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a área de tecnologia tem uma participação feminina de 23,2%. 

Outro dado relevante divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que a participação feminina na tecnologia cresceu 60% entre 2015 e 2020, passando de 27,9 mil para 44,5 mil mulheres.

As categorias e a programação

Com início às 9h e encerramento às 18h, no Campus Aeroporto, em Uberaba, a competição será dividida em duas categorias. A primeira é a maratona, que terá 4h de duração e contará com a participação de pessoas que estão cursando o Ensino Superior.  Já a segunda é a meia maratona que, com 2h de duração, terá maratonistas do Ensino Médio e do 8º ou 9º ano do Ensino Fundamental.

“É mais do que uma competição; é um movimento crucial para a transformação do cenário da computação no Brasil. O evento contribui para o aumento da participação feminina e não binária nas áreas de tecnologia, inspirando uma nova geração de profissionais e construindo uma comunidade forte e diversa. Acreditamos que cada passo dado na maratona é uma conquista que nos aproxima de um futuro mais equitativo e inovador”, afirma a professora dos cursos de computação do IFTM - Campus Uberaba Parque Tecnológico, Daniela Orbolato.

O gestor dos cursos presenciais de Sistemas de Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Inteligência Artificial e Ciência de Dados e Ciência da Computação da Uniube, Luiz Paiva, explica que as competições serão realizadas no Laboratório de Informática Aplicado à Educação (LIAE) e no Uniube Maker. Paiva ainda reforça que a maratona é um marco importante para fortalecer a presença feminina na programação esportiva.

“Alunas dos cursos de Tecnologia da Informação da Uniube que irão participar da competição estão motivadas e se preparam para mostrar seu talento e dedicação em desafios que estimulam o raciocínio lógico e envolvem diretamente a resolução de problemas computacionais, promovendo ainda mais o interesse pela área e consolidando uma comunidade sólida de mulheres na computação”, conclui Luiz Paiva.