Na manhã desta terça-feira (26), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) iniciou a terceira fase da Operação Celular Zero em Uberlândia. O objetivo é investigar e combater uma organização criminosa envolvida em atividades como tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e contrabando de telefones celulares para unidades prisionais em Uberlândia e região.
Neste momento, estão sendo executados sete mandados de busca e apreensão, além de dois mandados de afastamento de servidores públicos de suas funções. Além disso, são realizadas inspeções em celas de três prisões localizadas nas cidades de Uberlândia e Ituiutaba.
A investigação identificou uma associação de indivíduos altamente organizados e com uma estrutura hierárquica clara, dedicada a atividades criminosas em Uberlândia e áreas adjacentes. Essa associação inclui presos, funcionários públicos e pessoas em liberdade.
De acordo com o MPMG, os suspeitos enfrentarão diversas acusações criminais, incluindo participação em organização criminosa (conforme previsto no artigo 2.º da Lei 12.850/13), corrupção ativa e passiva (de acordo com os artigos 333 e 317 do Código Penal), tráfico de drogas e associação para o tráfico ilícito de entorpecentes (conforme os artigos 33 e 35 da Lei 11.343/06), bem como o favorecimento real, que envolve a introdução de telefones celulares nas prisões (de acordo com o artigo 349A do Código Penal), e lavagem de dinheiro (conforme o artigo 1º, caput e § 1º da Lei 9.613/98).
Entre os investigados, estão funcionários públicos ligados ao sistema prisional em Uberlândia, bem como presos que fazem parte da maior organização criminosa do país, que possui ligações inclusive a nível internacional.
Essas ações envolvem a colaboração de cinco promotores de Justiça, dois delegados da Polícia Civil, seis policiais civis, 38 policiais militares e seis agentes penitenciários, além de servidores e colaboradores do MPMG.