Crime registrado no último domingo, na praça da Mojiana, no bairro Boa Vista, quando Valter Florêncio de Andrade foi assassinado com seis tiros, um deles
Crime registrado no último domingo, na praça da Mojiana, no bairro Boa Vista, quando Valter Florêncio de Andrade foi assassinado com seis tiros, um deles na cabeça, enquanto estava em um bar, deixou ainda mais assaltados e preocupados os moradores e comerciantes da região.
A queixa é quase sempre a mesma: falta de policiamento e providências por parte do governo municipal. Um comerciante, que optou por não se identificar por medo de sofrer represálias, afirmou que se nada for feito, muitos ainda devem morrer naquele local.
Segundo ele, nos últimos tempos, gangues começaram a invadir a praça, provocando brigas e aumentando também o consumo de drogas, inclusive com a participação de menores. “Chamamos a polícia, quando eles chegam, todo mundo para de fazer as coisas erradas. Mas, é só os policiais virarem as costas que tudo recomeça”, lamenta, afirmando que um pagode que acontece de sexta a domingo em um bar pode ter colaborado para o aumento da violência na região. “Há dias que às 7h da manhã ainda tem gente lá. Nada contra o pagode ou a comerciante, mas tem gente que vai lá por causa da música e outros que vão para fazer baderna”, declara.
A comerciante Maria do Socorro se defendeu, dizendo que o problema da violência na Mojiana não é culpa do seu bar ou do pagode organizado lá. “Acontecem brigas em todos os lados da praça, mas só falam do meu bar, sobretudo autoridades. Se não ficar uma viatura de plantão ou um posto da polícia for montado, a violência vai só aumentar”, dispara.
Para o tenente-coronel Sidney Araújo, comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, a questão da violência da Mojiana não é problema somente da PM. “É um problema social e é de todos, inclusive da Prefeitura e do Ministério Público. Uma ação conjunta com vários setores, como Departamento de Posturas e Vigilância Sanitária, deve ocorrer para que o local seja fiscalizado e os estabelecimentos irregulares fechados”, salienta. Ele disse ainda que fechando os locais que não possuem alvarás e revitalizando a praça, as famílias podem voltar a frequentá-la. “Temos que desenvolver ações, como já foram desenvolvidas várias, para tirar os baderneiros de circulação”, conclui.