Mostra fotográfica com foco em aldeias indígenas é exposta em cartório eleitoral

O Cartório Eleitoral da 347ª Zona Eleitoral de Uberaba está com a exposição “Democracia em todos os lugares e para todos os povos”. Uma mostra fotográfica realizada no ano de 2022, nas aldeias indígenas da etnia Maxakali no município de Santa Helena de Minas.

De acordo com o chefe do cartório eleitoral, Alexandre Petterman, a mostra fotográfica busca despertar nos visitantes o interesse em conhecer um dos mais inclusivos trabalhos da Justiça Eleitoral, no qual foi desenvolvido um projeto de eleição parametrizada, usando a língua Maxakali e desenhos de animais feitos pelos próprios indígenas.

O projeto nasceu com o objetivo de ampliar o acesso à Justiça, concretizar direitos e efetivar o exercício da cidadania pelos indígenas. A exposição se estende até 6 de outubro de 2023, das 12h às 17 horas.

O povo Maxakali vive em quatro áreas de Minas Gerais: nas aldeias de Água Boa, no município de Santa Helena de Minas; em Pradinho e Cachoeira, no município de Bertópolis; em Aldeia Verde, no município de Ladainha, e no distrito de Topázio, em Teófilo Otoni. Essas são algumas das menores terras indígenas do país e abrigam, juntas, cerca de 2.500 pessoas.

Todo povo indígena tem um nome pelo qual é conhecido e essa denominação é chamada de etnônimo. Maxakali é um exemplo: esse povo é conhecido no Brasil por meio dessa denominação. Mas, entre eles, o termo usado é outro: Tikmũ’ũn, a combinação de termos como “tihik”, que significa homem, e “mu’um”, que tem o sentido de grupo e inclusão. Na tradução para a língua portuguesa, essa ideia pode ser transmitida por apenas três letrinhas: nós.

Idioma. O português está longe de ser o único idioma falado no território brasileiro. Atualmente, existem cerca de 274 línguas indígenas por aqui. Elas estão distribuídas em famílias linguísticas que constituem o chamado tronco linguístico. No Brasil, são dois: o Tupi e o Macro-Jê. O povo Tikmũ’ũn é falante da língua maxakali, do tronco linguístico Macro-Jê.