Servidores da Unidade Operacional R-2 do Codau protestam contra a distribuição de folgas no período festivo de fim de ano.
A movimentação deflagrada na tarde de ontem, em frente à unidade localizada na rua Delfin Moreira, no bairro Fabrício, foi sustentada por funcionários descontentes com as condições de trabalho.
De acordo com os empregados, a coordenação da autarquia prometeu aos servidores operacionais abono de Natal distribuído em dois dias, apresentando a possibilidade de converter o descanso em remuneração para quem não quisesse o repouso. Mas alguns servidores ficaram insatisfeitos com a proposta.
Trabalhando há 20 anos no Centro, o mantenedor Joaquim Pereira da Silva contou que a maioria do funcionalismo resolveu tirar a folga hoje e amanhã, dia 30, porque dia 31 é caracterizado como ponto facultativo. A bronca dos trabalhadores está relacionada ao retrocesso do anúncio de folga feito pelo Codau.
De acordo com Joaquim, a chefia anunciou na tarde de ontem que a folga estaria cancelada e todos deveriam trabalhar. O fato foi motivo de revolta geral. “Eu e muitos de nós marcamos compromissos, eu vou ter prejuízo e arcar com dinheiro do meu bolso e ainda vou passar por mais um constrangimento”, relatou.
Anderson Abadio, que atua há 15 anos na instituição, caracterizou a situação como desigualdade e enfatizou que o tratamento diferenciado exclui alguns servidores. “Eu acho que não é assim que se resolvem as coisas, apenas quem trabalha no plantão tem de trabalhar, isso é um abuso. Tem funcionário que faz até 200 horas mensais, não tem família, filhos, final de semana não existe, está errado isso”, protestou.
A assessoria do Codau esclareceu que a instigação da manifestação é política, e que tudo não passa de um desencontro de informações.
A explicação da autarquia é de que o setor administrativo do Centro cumpriu o revezamento, tendo folgas nas últimas quarta e quinta-feira. Quem trabalhou nos dias que antecederam o Natal deverá trabalhar nas vésperas da passagem de ano.
O setor operacional também terá dois dias para descanso, sendo duas quintas-feiras, com a alternativa de converter a folga em remuneração, ou seja, quem optar por trabalhar nos dias de folga receberá um bônus referente à horas-extras.
Segundo a justificativa do Codau, a intenção de não oferecer a folga em sequência, é melhorar o atendimento à população.