Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, o estoque de trabalhadores com carteira assinada em Uberaba no mês de abril é de 87.072, o que representa crescimento de 0,71% em comparação com março.
O setor com maior número de trabalhadores é o de Serviços, com 38.161, uma alta de 1,07%, seguido pela Indústria, com 20.214 e alta de 1,16%. O Comércio, apesar da retração da geração de empregos em abril, é o terceiro setor com maior estoque, de 19.914, com uma queda de 0,22%; a Construção, com 4.995, apresentou retração de 0,97%, e o quinto lugar ficou com a Agropecuária, com 3.788 e alta de 1,8%.
Ainda conforme o Caged, no mês de janeiro o estoque de trabalhadores era de 84.625; em fevereiro, saltou para 85.205, e em março atingiu 86.460, perfazendo aumento de 2,16% no número de trabalhadores com carteira assinada na cidade.
Para o economista Sérgio Martins, o setor de serviços continuará por muito tempo como maior gerador de empregos, não apenas em Uberaba, mas também em todo o Brasil. “É um setor que responde muito rápido à geração de emprego e renda por conta de sua natureza. São salões de beleza, jardinagem e uma infinidade de atividades que conseguem essa rapidez na resposta para o emprego”, ressaltou.
Martins, porém, alertou que a preocupação com o setor de serviços é quanto ao vínculo previdenciário. “Muitos não contribuem ao longo do tempo com a Previdência Social, ficam praticamente na informalidade. É preciso estar atento a essa contribuição”, alertou o economista.
Sobre a indústria, Sérgio destaca que é um setor que demora um pouco mais a dar resposta. “Geralmente, uns cinco anos. Até a instalação da indústria e sua capacidade de produção ser atingida leva algum tempo”, avaliou.
Ele ainda falou sobre o terceiro setor com maior estoque, porém, sofreu revés na geração de empregos em abril: o comércio. Para o economista, o setor depende de alguns eventos para alavancar vendas, como, por exemplo, o Dia das Mães, que é comemorado em maio (o resultado de maio somente deve ser divulgado no fim de junho).
“O comércio ainda sofre com a concorrência eletrônica. Muitos consumidores preferem comprar pelos meios eletrônicos do que nas lojas físicas”, analisa Sérgio Martins.