Número de mulheres contratadas em Uberaba aumentou em quase 3,5 mil nos últimos dois anos

O ano de 2022 fechou com 21.382 mulheres colocadas ou recolocadas no mercado de trabalho em Uberaba. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o número representa 19,55% de aumento entre 2021 e o ano passado, o que são cerca de 3,5 mil vagas. 

Conforme o banco de cadastros, o setor que mais empregou mulheres foi o de serviços, apesar de ter terminado com saldo negativo em 28 vagas. O segundo setor que mais empregou mulheres foi o de comércio, que terminou com 8 vagas positivas. Segundo a diretora de Desenvolvimento Empresarial do município, Carolina Ribeiro, os dados são positivos e partem também de um fomento por parte do Sine Municipal. 

“Nós também fomentamos essa parte da empregabilidade para as mulheres. No ano passado, realizamos uma parceria com uma empresa privada que foi o 'Mulheres na Direção', fomentando também essa vaga de emprego para as mulheres. A empresa de varrição também contrata muitas mulheres saídas desse projeto social, foi uma prioridade que colocamos na área”, explica.

A diretora conta que, atualmente, as vagas que mais saem no sistema são voltadas para candidatos de nível médio e fundamental, tanto para homens quanto para mulheres. 

Além das contratações em CLT, o número de mulheres no mundo dos negócios também é positivo. Em Uberaba, são 11.229 empresas abertas em nome de mulheres, registradas no regime de Microempreendedores Individuais (MEI’s). O número representa quase metade das empresas abertas neste regime em Uberaba, sendo o total cerca de 24 mil empreendimentos. 

No entanto, segundo a analista do Sebrae Minas, Daiana Rodrigues, tratando-se de mulheres na liderança de empresas, o número cai significativamente, chegando em apenas 20%, em Minas Gerais. "E nós estamos acima da média do país, mas cai significativamente. Mas os MEI's, a gente percebe assim: a mulher, principalmente depois da maternidade, ela busca algumas alternativas para ter flexibilidade de empreender, de estar com a família, de cuidar da criança, e elas optam pelo MEI, que é a categoria mais simplificada de empresa. Então, a gente percebe que tem crescido bastante", afirma. 

Ainda segundo Daiana, as áreas em que as mulheres mais empreendem é a de beleza, saúde e bem-estar. “A mulher tem empreendido mais nessas áreas por enxergar ali algo que tem a ver com ela, com uma facilidade maior”, finaliza.