O levantamento é feito com base nos dados de junho do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico)
Conforme o levantamento do OBPopRua/POLOS-UFMG, 300.868 pessoas vivem atualmente em situação de rua em todo o Brasil (Foto/Reprodução)
Um levantamento feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/POLOS-UFMG), revelou que de 2014 a 2021 o número de pessoas em situação de rua em Uberaba saltou de quatro para 208, o que representa um crescimento de 5.100%.
Em recente entrevista à Rádio JM, a secretária de Desenvolvimento Social, Érika Martins, apontou que Uberaba conta com cerca de 300 pessoas morando nas ruas.
Conforme o levantamento do OBPopRua/POLOS-UFMG, 300.868 pessoas vivem atualmente em situação de rua em todo o Brasil. Em dezembro de 2023, esse total era de 242.756 pessoas.
Segundo o estudo, uma em cada três dessas pessoas vive no estado de São Paulo, somando 126.112. Só na capital paulista, que lidera o ranking de capitais, há 80.369 pessoas nessa condição. Isso representa um aumento de quase 24% em relação a dezembro do ano passado, quando a cidade tinha 64.818 pessoas morando nas ruas.
O levantamento é feito com base nos dados do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que reúne os beneficiários de políticas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e serve como indicativo das populações em vulnerabilidade para quantificar os repasses do governo federal aos municípios.
No estado do Rio de Janeiro, que aparece na segunda colocação no ranking, a população em situação de rua soma 29.816 pessoas, sendo que a maioria, 21.023, está na capital. Em Brasília, capital do país, 8.353 pessoas se encontram nessa situação de vulnerabilidade.
De acordo com o levantamento, 69% das pessoas em situação de rua que estão registradas no CadÚnico são negras. A maioria dessas pessoas é também do sexo masculino (85%) e se encontra na faixa etária entre 18 e 59 anos (87% do total), sobrevivendo com até R$109 por mês (85%).
Dessa população, 14% apresentam alguma deficiência e a maior parte (42%) tem Ensino Fundamental incompleto.