CIDADE

Operário soterrado estaria em condição de trabalho insegura

A falta de segurança na construção civil pode ter provocado a morte de trabalhador num canteiro de obras, na manhã de segunda-feira, como afirma o presidente do Sindicato

Mônica Cussi/PMU
Publicado em 23/02/2011 às 23:43Atualizado em 20/12/2022 às 01:32
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A falta de segurança na construção civil em Uberaba pode ter provocado a morte de trabalhador num canteiro de obras, na manhã de segunda-feira, como afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Mobiliário de Uberaba, José Lacerda Sobrinho. O operário José Meneses de Sousa, 58, foi soterrado e os bombeiros conseguiram resgatá-lo, mas ele não resistiu aos ferimentos.

Para Lacerda, o trabalhador foi submetido a uma condição de trabalho insegura, pois ele já tinha feito vistoria no local e constatou irregularidades eminentes. “O operário foi soterrado com 30 mil quilos de terra, numa profundidade de três metros, onde não houve cálculos certos para a execução da obra”, considera o presidente.

O sindicato tem feito as vistorias e denunciado as irregularidades ao Ministério do Trabalho, mas tanto as empresas quanto os trabalhadores devem ficar atentos ao cumprimento da legislação de prevenção de acidentes. Lacerda informa sobre a cultura das empresas de avaliar situações de prevenção como custo e não como investimento. E quanto aos trabalhadores, ele também alerta para que se recusem a desenvolver atividades sem equipamentos de segurança ou situações de prevenção.

Lacerda não tem dados precisos, mas garante ser alto o número de trabalhadores que estão nas mesmas condições e faz uma crítica. “Se a empresa em que morreu este trabalhador é uma das maiores da cidade, imagina a situação em canteiros de obras de empresas menores.” Além disso, o período de chuva, com pancadas esporádicas, acaba aumentando os riscos de acidentes na construção civil.

E acrescenta muitas vezes não ter conhecimento dos acidentes de trabalho, porque, quando não resultam em morte, ficam sem o conhecimento da mídia. E tenta mobilizar autoridades e o sindicato patronal para se criar um grupo de trabalho para conscientização e melhoria da situação.

A reportagem tentou contato com o engenheiro responsável pela obra, sem sucesso. Não há previsão para a conclusão do laudo.

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