Passados nove dias da tragédia ocorrida na Escola Municipal carioca Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, no Rio de janeiro, quando um jovem de 23 anos matou 12 alunos, feriu outros doze e depois cometeu suicídio, a violência nas escolas volta a ser tema de debates nas rodas sociais.
Pai de uma menina, o motorista Nilson Carlos da Costa mostrou-se preocupado com as condições em que algumas escolas atuam no momento de liberar as crianças para casa. De acordo com Nilson, não há garantias de que nenhum estranho terá acesso aos alunos.
Acostumado a trabalhar com menores, o motorista de van escolar Nelson José Gonçalves também afirmou que o sistema adotado pelas instituições não é confiável. Nelson observou que medidas como controle de trânsito e registro dos responsáveis e motoristas de vans deveria passar por maior controle e fiscalização.
Segundo Nelson, na maioria das escolas apenas uma pessoa fica na portaria, fazendo a entrega das crianças aos perueiros ou outras pessoas responsáveis. “Com o tempo, essa pessoa acaba guardando as características de quem busca o aluno, mas esta alternativa é considerada ineficaz pelos pais, já que qualquer um pode pegar as crianças”, observa. Nelson acrescenta que, para perueiros, esta é a forma mais rápida, mas para os pais e outras pessoas torna-se uma ameaça.
Inviável. Proposta apresentada pelo vereador José Severino Rosa (PT), através de requerimento encaminhado ao prefeito Anderson Adauto (PMDB), em que é solicitado o estudo para a implantação do equipamento detector de metal nas escolas pela Prefeitura de Uberaba, foi descartada. Prefeito Anderson Adauto acredita que existem outros meios de conter a violência nas instituições de ensino. AA defende a participação de toda a comunidade nas escolas, envolvendo pais, professores e alunos nas atividades.