Sintomas podem atingir desde pacientes leves, como é o caso da perda de memória, até os quadros mais graves, quando há a chamada encefalite
Em meio à pior epidemia de dengue da história de Minas Gerais muito se fala sobre as complicações que o vírus pode causar. Para além de danos nos rins, fígados e coração, entre consequências mais comuns e outras mais raras, estão a perda de memória e, até mesmo, psicose e alucinação.
O infectologista Guenael Freire explica que, após infecções virais, é comum as pessoas apresentarem fadiga, dificuldade de concentração e perda de memória. "Mesmo em casos mais leves, essas complicações podem perdurar por até 30 dias após um quadro viral agudo. Faz parte da enfermidade. Até mesmo por a pessoa com dengue ficar muito deitada, não precisa socializar, então é comum esse leve esquecimento, confusões do bobas do dia a dia", argumenta.
Entretanto, em casos mais graves, é possível que o paciente apresente sintomas como confusão mental, convulsões, problemas motores, mudança de comportamento, problemas de compreensão da realidade (psicose) e até alucinações. Estes são sintomas ligados ao quadro de encefalite, uma inflamação no cérebro que pode ser causada por diversos vírus, entre eles a dengue.
"É importante deixar claro que esse prejuízo na memória não significa uma encefalite, a pessoa não precisa se preocupar com isso quando ela está conseguindo fazer as coisas do dia a dia de maneira independente. Normalmente a gente vê encefalite nos pacientes mais graves, quase sempre já no hospital. É algo que não é comum, mas, a gente está vendo mais casos de encefalite por conta da epidemia. Como todo mundo está pegando dengue, o raro fica mais visível. Mas não é algo corriqueiro na evolução da dengue. O mais importante é as pessoas se atentarem aos sinais de alarme", pondera o infectologista.
Entre os sintomas que devem levar a pessoa ao hospital estão:
Fonte: O Tempo