BRITOSTEUS AMARILDOI

Pesquisadores descobrem nova espécie de peixe fóssil no Triângulo Mineiro

A descoberta deve contribuir com o acervo do Museu dos Dinossauros e com os estudos paleontológicos do Geoparque Uberaba

Dandara Aveiro
Publicado em 16/01/2025 às 09:21
Compartilhar

Mandíbula do novo peixe fóssil de Campina Verde, Britosteus amarildoi, em vista lateral esquerda (acima) e em vista ventral (abaixo) (Foto/Agustín Martinelli)

Mandíbula do novo peixe fóssil de Campina Verde, Britosteus amarildoi, em vista lateral esquerda (acima) e em vista ventral (abaixo) (Foto/Agustín Martinelli)

Pesquisadores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) anunciaram a descoberta de uma nova espécie de peixe fóssil, Britosteus amarildoi, encontrada no sítio paleontológico Fazenda Três Antas, em Campina Verde, no Triângulo Mineiro. Embora o achado não tenha ocorrido dentro do território do Geoparque Uberaba, ele deve contribuir para os estudos paleontológicos da região, fortalecendo as pesquisas locais. 

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o geólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro, que participou das escavações, destacou a relevância da descoberta para o Centro de Pesquisas Paleontológicas - Llewellyn Ivor Price. “Tem pesquisadores da Unicamp, do museu Argentino, de vários lugares, e nós aqui de Uberaba. Isso fortalece a coleção do Museu dos Dinossauros, como repositório de táxons únicos do mundo”, ressalta o pesquisador. 

A nova espécie de peixe vai se somar à coleção do Museu da UFTM, em Peirópolis, ficando à disposição para estudos ecológicos e evolutivos de organismos da nossa região, no período Cretáceo. 

“Essa descoberta mostra que o grupo do comitê científico do Geoparque pesquisa não só Uberaba, como a região do Triângulo Mineiro toda e traz os fósseis para cá, quando o local onde foi encontrado não tem condições de ser o repositório”, conta Luiz Carlos.  

Equipe do Centro de Pesquisas Paleontológicas “Llewellyn Ivor Price”, Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, UFTM, em campo durante coleta dos fósseis de Britosteus amarildoi (Foto/Divulgação)

Equipe do Centro de Pesquisas Paleontológicas “Llewellyn Ivor Price”, Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, UFTM, em campo durante coleta dos fósseis de Britosteus amarildoi (Foto/Divulgação)

O pesquisador ainda acrescenta que as descobertas abrem as portas para que novos estudos esclareçam a vida antes dos seres humanos. “Esses fósseis ficam abertos a estudos posteriores, e abre novas possibilidades para entender a vida na região e o processo evolutivo do animal, as características, o comportamento, as relações ecológicas com o ambiente e com outros organismos, o que diz muito da história de vida desses animais no Triângulo Mineiro, no final da Era Mesozoica, há 90 milhões de anos atrás”, finaliza o pesquisador.  

O nome Britosteus amarildoi foi uma homenagem ao paleontólogo Paulo Brito e ao ex-proprietário da fazenda onde a descoberta foi feita, à época, Amarildo Martins Queiroz. Na mesma região, já foram encontrados outros dois exemplares de fósseis, ambos de crocodilos.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por