Otaliba Neto foi morto na segunda-feira (2) (Foto/Redes Sociais)
A Polícia Civil de Minas Gerais encara a morte do ex-vice-prefeito de Campo Florido, Otaliba Neto, durante um assalto na segunda-feira (2), como latrocínio, e descarta a possibilidade de motivação política. A vítima era réu em um processo que apura a tentativa de homicídio contra o atual prefeito da cidade, Renato Soares de Freitas, em 2017, o que levantou especulações.
Em entrevista ao JM News 1ª Edição, da Rádio JM, o chefe do 5º Departamento da PC, delegado Felipe Colombari, afirmou que, diante das oitivas com os presos, ficou evidente que o crime estava relacionado apenas ao patrimônio pessoal de Otaliba, esclarecendo as suspeitas.
"Até o momento, não conseguimos determinar exatamente como ocorreu a morte da vítima. No entanto, o que podemos afirmar com segurança é que não há nenhum resquício de motivação política ou dívidas envolvidas no caso. A Polícia Civil conseguiu comprovar, inclusive com confissão dos envolvidos, que se trata de um crime de latrocínio", afirmou.
Até o momento, três suspeitos estão sob custódia, enquanto outras duas pessoas envolvidas no crime foram identificadas, mas estão foragidas. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso e garantir que todos os envolvidos sejam encontrados.
A previsão do chefe do 5º DPC é que o inquérito seja finalizado no prazo de 30 dias, que é o indicado no caso de representações pela prisão preventiva -- dos dois foragidos. Também ainda não foram concluídos os exames de corpo delito e do Instituto Médico Legal (IML) da vítima, o que deve ser entregue no final da semana.
Otaliba Neto enfrentava acusações relacionadas a um processo que investiga sua suposta participação na tentativa de homicídio do atual prefeito de Campo Florido, Renato Soares de Freitas. O incidente ocorreu em 30 de junho de 2017, às vésperas da eleição suplementar no município, quando Renato Soares era candidato ao cargo e foi baleado.
Além de Otaliba, o ex-prefeito de Campo Florido, Ronaldo Castro Bernardes, e outras duas pessoas também estão envolvidos no processo. Todos eles permanecem em liberdade aguardando o julgamento por júri popular.