FIOS DE COBRE

Polícia Civil encontra dificuldades na identificação de cabos furtados

Rafaella Massa
Publicado em 20/12/2023 às 11:21
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Apesar de mobilização por meio de operação para identificar autores de furtos dos fios de telefonia e os receptores, a Polícia Civil (PC) de Uberaba ainda encontra dificuldade em executar ações mais efetivas para inibir essas ocorrências. Segundo o delegado regional de Polícia Civil, Felipe Colombari, o maior empecilho está na identificação do material apreendido para possível responsabilização.  

Em entrevista ao noticiário JM News 1ª Edição, Colombari pontua que há cerca de três meses a PC deflagrou uma operação para inibir os recorrentes furtos, investigando os ferros velhos que adquiriam esses produtos. “Conseguimos identificar dois dos autores, que não pararam também os furtos, foram presos, soltos e voltaram a praticar. E conseguimos identificar quatro a cinco estabelecimentos que estavam adquirindo de forma indevida, alguns foram até lacrados pelo próprio setor de Posturas do município, mas não para”, afirma. 

De acordo com o delegado, os produtos normalmente são furtados por usuários de entorpecentes, que trocam o quilo do produto furtado por R$1 em ferros velhos 24h. Felipe Colombari aponta que tem sido difícil controlar a situação, por ser necessário flagrar o crime.  

“Depois que o cara adquire e ele descasca e separa os bolos de fio de cobre e você não consegue identificar se é da escola. Então, tem essa dificuldade de comprovar a origem ilícita do bem. Porque o cara fala, ‘Eu comprei de um cara que está fazendo uma obra’, e você não tem uma rastreabilidade daquela coisa, como por exemplo já conseguimos fazer hoje com peças de carro”, explica o delegado regional. 

Ainda segundo Colombari, em algumas situações os donos de ferro velho acabam comprando o produto ilícito por não exigir comprovação da origem, já que não é obrigatório apresentar nota fiscal de origem. “Às vezes um cara trabalha de forma correta, o cara é honesto, paga tributos, tem funcionário registrado em carteira e acaba comprando produto de crime por descuido. Porque a receptação existe também na modalidade culposa e acaba sendo conduzido para delegacia por conta disso”, finaliza.

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