Ação de flanelinhas no centro da cidade continua gerando protestos. Desta vez a reclamação partiu da jornalista Tânia Dahdah. Situação corriqueira de encarar desconhecidos trabalhando clandestinamente como vigilantes se tornou agressiva e fez com que a comunicóloga levantasse a discussão sobre os rumos que a regulamentação do serviço tomou em Uberaba.
Tânia relatou que ao sair de uma lanchonete no bairro São Benedito, acompanhada pelo filho, foi abordada por um homem que pedia insistentemente por dinheiro. Quando ela foi tentar retirar a moto do local, precisou se abaixar para remover uma trava, mas foi surpreendida pelo homem. “Ele repetia quero la plata e encostou as pernas nas minhas costas, a intenção dele era me coagir e me deixar sem atitude, mas ninguém tem o direito de extorquir as pessoas porque elas estão com seus veículos parados em áreas de estacionamento”, pontuou. A profissional de comunicação observou que é inadmissível que a população continue pressionada em vias públicas, sem que nada seja feito pelas autoridades.
Em agosto do ano passado, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social propôs um trabalho de mapeamento para identificar os lugares mais disputados e a contagem dos trabalhadores. A medida visava demarcar ruas de atuação, o horário de trabalho e os dias da semana, além do uso de equipamentos de segurança de quem se prestava ao serviço. Mas segundo o vereador Itamar Ribeiro de Resende (DEM), nem a Seds, nem a PMU ou o Ministério Público adotaram alternativas para solucionar o caso. Itamar ressaltou que como nenhum resultado foi apresentado pretendendo a regulamentação da atuação dos chamados flanelinhas, vai provocar nova discussão no plenário. “Vou retomar o projeto para reativá-lo, precisamos resolver de vez o problema que existe no Mercado, em restaurantes, praças, na frente dos bancos”, concluiu o parlamentar que pretende chamar a responsabilidade dos vereadores para a questão.