SAÚDE PÚBLICA

Pouco mais da metade das ligações para o SAMU ocasionam em atendimento

Levantamento relativo ao primeiro semestre deste ano aponta que apenas 55,72% das chamadas ao Samu resultaram em atendimento

Rafaella Massa
Publicado em 23/07/2024 às 10:22Atualizado em 24/07/2024 às 10:45
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Outro dado revelado é que praticamente a metade dos atendimentos, 49,20%, foram considerados sem gravidade (Foto/Reprodução)

O número de ligações para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Uberaba chegou a 18.668 no primeiro semestre deste ano. No entanto, segundo dados divulgados, apenas 55,72% das ligações resultaram em atendimento. O total de chamadas é pouco menos da metade do acumulado de 2023, ano em que foram realizados 37.552 acionamentos.

À Rádio JM, o médico responsável técnico do Samu, Luiz Fernando Corrêa, explica que muitas das ligações recebidas no atendimento não são pertinentes ao serviço prestado pelas equipes de emergências, o que justificaria a diferença entre a quantidade de ligações e atendimentos.

“Toda demanda que chega para a gente pelo número 192 passa por uma regulação médica. Não existe negativa de atendimento, o que existe é uma regulação médica. E se no caso o motivo pelo qual você ligou, no entendimento do regulador, for de que aquela não é uma situação de urgência e emergência, ele vai explicar a você por que aquela situação não se encaixa nos protocolos do Samu e já te orienta o caminho adequado. Tem pessoas que às vezes ligam para o Samu solicitando transporte para exames, consultas pré-agendadas”, esclarece.

De acordo com o relatório divulgado pelo Serviço, no primeiro semestre foram registradas 11.383 saídas de unidade, ou seja, deslocamentos das equipes para atendimento. Já o número de socorros prestados chega a 10.401. O mês com maior número de solicitações foi abril, com 3.505, seguido por maio (3.360) e junho (3.025).

O documento também informa que, no ano passado, os meses do segundo trimestre apresentaram número de acionamentos superior a três mil. No entanto, esses não foram os meses com mais chamadas. Em 2023, o mês com mais ligações foi março, com 3.428, seguido por setembro (3.283) e outubro (3.243).

Quanto ao total de atendimentos por código, o relatório indica que foram 10.401 casos. Desses, 49,20% foram classificados como verde (prioridade baixa), enquanto 41,68% foram classificados como amarelo e 6,13% como vermelho. Além disso, o documento mostra que 53,47% dos pacientes atendidos foram do sexo masculino, enquanto 46,28% foram do sexo feminino.

Os dados também revelam que as causas clínicas foram o motivo que mais gerou acionamentos no primeiro semestre, com 6.525 casos. Em seguida, vêm as causas traumáticas (2.705), causas psiquiátricas (614), causas pediátricas (383) e as obstétricas.

É válido citar que 1.082 saídas das ambulâncias não necessitaram de atendimento.

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