Com o fim das isenções de PIS e Confins, os preços da gasolina e etanol podem apresentar reajuste a partir do dia 1º de março (Foto/Jairo Chagas)
Se não houver uma reviravolta, a gasolina e o etanol voltam a ficar mais caros a partir de 1º de março. É quando encerra a validade da Medida Provisória que estendeu o prazo para desoneração da cobrança de impostos federais sobre o preço dos combustíveis.
Nos cálculos do Ministério da Fazenda, a reoneração vai garantir R$28,9 bilhões aos cofres públicos em 2023. No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma Medida Provisória que mantinha a desoneração de PIS e Cofins promovida pelo governo de Jair Bolsonaro.
Na última semana em que ainda prevalece a desoneração dos combustíveis, a Fundação Procon de Uberaba divulgou mais uma pesquisa sobre os preços da gasolina, do etanol e do diesel nos postos do perímetro urbano e rodoviário de Uberaba.
Conforme o levantamento divulgado pelo Procon, todos os preços médios dos combustíveis tiveram redução nos postos do perímetro urbano. A gasolina comum caiu de R$4,91 para R$4,89, uma redução de 0,41%. Já a gasolina aditivada teve uma queda de 0,79%, passando de R$5,04 para R$5.
O etanol, que custava R$3,56, foi para R$3,54, o que representa uma redução de 0,56%. O diesel teve queda de 0,51%, com retração de R$5,85 para R$5,82. E o diesel S-10, que na semana passada custava em média R$5,94, agora é encontrado por R$5,93, com queda de 0,17%.
No perímetro rodoviário, a maioria dos combustíveis também teve queda no preço médio. O etanol registrou uma retração de 5,94%, caindo de R$3,87 para R$3,64.
A gasolina comum manteve o preço estável, em R$4,92. A gasolina aditivada recuou em 0,4%, caindo de R$5,06 para a R$5,04. O diesel sofreu redução de 0,53%, saindo de R$5,71 para R$5,68. E o diesel S-10, que antes era R$5,93, agora está em R$5,89, com redução de 0,67%.
Desoneração. A redução dos impostos estava prevista para acabar no dia 1º de janeiro, mas Lula manteve a isenção até o fim de fevereiro para a gasolina e o álcool e até o final do ano para o diesel, biodiesel, gás natural e de cozinha.
No entanto, o aumento nos preços da gasolina e do etanol não é visto com bons olhos pela ala política do governo. A preocupação é de que a medida pressione a inflação e derrube a avaliação popular sobre o Presidente.