Exemplo de raiz sobre o concreto na avenida Getúlio Guaritá (Foto/Google Maps)
Uberaba é conhecida por suas avenidas extensas e arborizadas. No entanto, em algumas áreas surgiram desafios relacionados às árvores com raízes expostas sobre o concreto. Como na avenida Getúlio Guaritá, nas proximidades da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), onde as raízes expostas têm sido motivo de preocupação para a comunidade. A condição atual representa riscos para pedestres, veículos e até para as próprias árvores, e requer medidas técnicas de manejo ambiental.
Paulo César Franco, biólogo da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), em entrevista ao JM News 1ª Edição, nesta sexta-feira (20), diz que já há a proposta de supressão de raiz para resolver a questão na região da UFTM. "Estamos acompanhando com o pessoal do trânsito e da iluminação. Nossa ideia é diminuir as vagas de estacionamento do lado e aumentar o canteiro. Vamos perder duas vagas, mas aumentar o canteiro. Nas calçadas, temos que avaliar com muito critério porque não existia um planejamento de arborização. Hoje temos árvores erradas no lugar errado. Então, temos que fazer análise se é possível fazer poda de raiz", revelou.
A orientação da Semam é que, se for possível fazer a poda de raiz, que seja feita de maneira técnica, para não tirar o equilíbrio da árvore. É necessário que o responsável abra um processo de solicitação junto à Secretaria para que seja encaminhada uma equipe que fará a análise do caso.
Em casos de árvores cujas raízes expostas representam um sério risco à estrutura de edifícios ou que apresentam comprometimento biomecânico, a Semam autoriza a supressão. No entanto, a estratégia é proteger e preservar as árvores sempre que possível.
"Na calçada, há uma série de fatores. Se percebermos que não é possível a poda de raiz, que ela danifica a estrutura do imóvel, tem comprometimento biomecânico, infelizmente autorizamos a supressão mediante a compensatória", esclarece Paulo César.