Os repasses provenientes de verbas parlamentares, que aguardavam documentação, foram todos realizados, de acordo com Valdilene Rocha
Hospital Hélio Angotti, em Uberaba (Foto/Divulgação)
O embate entre sobre repasses entre o Hospital Hélio Angotti e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) parece ter chegado ao fim. Ao Jornal da Manhã, a titular da pasta, Valdilene Rocha, conta que tanto as emendas parlamentares quanto os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) e até os serviços provenientes de extrapolamento de contrato estão em dia.
“Na sexta-feira passada nós fizemos os últimos repasses. Lembrando que eles estavam em posse do Município porque nós não poderíamos repassar com as certidões todas positivas. Houve um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público para que nós pudéssemos ter essa possibilidade de repassarmos os recursos. E aí nós fizemos todos os repasses, não temos nada atrasado com o hospital, nem do contrato atual”, afirma Valdilene Rocha.
Em nota, o hospital confirmou o recebimento dos repasses e afirma que a instituição está colocando em dia os repasses a fornecedores.
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O descompasso entre a Secretaria de Saúde e o Hospital Hélio Angotti se estendeu de setembro de 2021, quando a pasta pontou que do total de R$11,5 milhões pactuados em um TAC de 2020, R$5,4 milhões não tiveram a utilização comprovada, até o início de 2023.
A ausência dos documentos inviabilizou o repasse de R$3,2 milhões em emendas parlamentares, que foram liberadas apenas no primeiro semestre deste ano após a entrega de documentos comprobatórios da utilização.
Ao longo do processo, a instituição denunciou que a falta dos repasses ocasionava no atraso do pagamento dos funcionários e despesas do hospital, enquanto a Prefeitura de Uberaba alegava que a verba passa pelo procedimento administrativo legal para a transferência que, apesar de morosa, "garante a lisura do processo", conforme a pasta.
Ainda em maio deste ano, o Executivo se reuniu Ministério da Saúde, em Brasília, para tratar a questão dos repasses ao Hospital Hélio Angotti, quando ficou acordado pagamento de R$ 2,9 milhões. No encontro, estiveram presentes o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, Zé Vitor, o secretário nacional de Atenção Especializada, Aristides Vitorino de Oliveira Neto e o ex-deputado Nárcio Rodrigues.
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