O fenômeno climatológico La Niña deve começar a atuar na região no final de setembro, segundo a climatologista Alcione Wagner. Em entrevista à Rádio JM, ela informou que há uma previsão de 60% de chances, visto o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial.
O fenômeno La Niña se caracteriza por temperaturas abaixo da média na superfície do Oceano Pacífico próximo à Linha do Equador, impactando o clima na América do Sul. No Brasil, seus efeitos incluem aumento de precipitação e vazão dos rios no Norte e redução de chuvas no Sul.
Este ano, no entanto, a climatologista adianta que o fenômeno será mais fraco em comparação aos anos de 2021 e 2022. “Esse La Niña será mais suave, mas contribuirá com chuvas. Ele ajuda a formar corredores de umidade que trazem precipitação para o Sudeste”, explicou.
O período mais intenso de atuação será no verão, com o resfriamento gradativo das águas.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, divulgou em julho um boletim com a probabilidade de ocorrência da La Niña entre agosto e novembro de 70%. No entanto, a previsão não se concretizou. Ainda de acordo com a agência, os eventos climáticos naturais ocorrem em um contexto da mudança climática induzida pelo homem, que está aumentando as temperaturas globais e o tempo extremo, impactando também os padrões sazonais de precipitação e temperatura.
Atualmente, Uberaba está sob a influência de uma onda de calor, causada por uma massa de ar quente que também reduz a umidade. Até a próxima semana, a cidade permanecerá com clima quente e seco, com previsão de chuvas a partir do dia 20, que devem ocorrer de forma irregular.