R$ 706,54 foi o valor que a empresária Janaína Silva Gaudêncio pagou por todos os produtos da lista escolar da filha, aluna do Ensino Fundamental de uma escola
R$ 706,54 foi o valor que a empresária Janaína Silva Gaudêncio pagou por todos os produtos da lista escolar da filha, aluna do Ensino Fundamental de uma escola particular de Uberaba. “Até papel higiênico tive que comprar”, conta a empresária.
Segundo ela, além das canetas, cadernos e apostilas usuais, materiais de uso coletivo entraram na lista e contribuíram para a inflação do preço total. “As coisas estão mais caras esse ano e a variação de preço entre uma loja e outra é absurda”, afirma. “A melhor solução que encontrei foi pesquisar muito e comprar um item em cada lugar: cadernos no supermercado, penal na loja de departamento e o resto no supermercado mesmo”, dá a dica.
Segundo a chefe de atendimento do Procon, Elizabeth Beatriz de Freitas, toda situação semelhante à enfrentada por Janaína é cabível de denúncia no órgão. “As escolas não podem pedir materiais que serão utilizados coletivamente, como por exemplo, o papel higiênico”, afirma. “Outras coisas como materiais de limpeza e, até mesmo giz e pincel, aparecem comumente nas listas”, completa.
De acordo com Elizabeth, o Procon realizou no mesmo período do ano passado, campanha junto a todas as escolas particulares de Uberaba, alertando sobre as consequências de abusos nesse sentido. “Estes produtos já estão embutidos nos custos das mensalidades escolares”, justifica. Segundo ela, como reflexo do alerta, o número de reclamações recebidas pelo órgão diminuiu consideravelmente no ano passado.
No entanto, mesmo regular, a lista escolar do começo do ano representa um rombo no orçamento para muitas pessoas.
Em pesquisa de preços realizada pelo Programa de Proteção do Consumidor, alguns produtos como a cola em bastão e a tinta guache, por exemplo, chegaram a apresentar variação de mais de 80% de um estabelecimento para outro.
Para quem quer economizar na hora de fazer as compras, a empresária Janaína dá outra dica valiosa: “É fundamental não levar os filhos para a loja, porque eles sempre querem as marcas mais caras e a gente acaba cedendo”, finaliza.