CRIANÇAS

Procura por atendimento pediátrico no Hospital Regional é maior no começo da semana

Para o diretor do HR, Frederico Ramos, é necessário fortalecer a Atenção Básica para que os casos menos urgentes possam ser tratados diretamente nos bairros

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 28/06/2023 às 11:30Atualizado em 28/06/2023 às 11:31
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Hospital Regional José de Alencar (Foto/Divulgação)

Nos oito primeiros dias de funcionamento do pronto-socorro pediátrico do Hospital Regional, 868 crianças foram atendidas, com média de 108,5 pacientes diários. No balanço, chama atenção a evidente oscilação de demanda: no último domingo (25), apenas 54 crianças procuraram o atendimento, contra 250 nos dois dias seguintes. As informações são do diretor administrativo do HR, Frederico Ramos, em entrevista à Rádio JM.

Como revela Frederico Ramos, está sendo realizado um mapeamento de horários e de dias com maior demanda registrada, para clarear opções de ajustes a serem realizados no serviço. Esse levantamento mostrou que as pessoas procuram mais o pronto-socorro, até então, durante os dias de segunda e terça-feira, após o horário de almoço e até às 22h.

“Foram 54 crianças atendidas no domingo (25), 125 na segunda (26) e 125 na terça (27). Esse dado é importante porque precisamos fazer ajustes para equilibrar o nosso atendimento. É interessante até fazer um estudo sobre isso. No Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), uma entidade privada, é a mesma coisa, com a procura extremamente maior nas segundas e terças”, expôs o diretor.

Ele também ponderou que, diante dos números vistos até então, fica evidente a necessidade de aprimorar a rede nas Unidades Básicas de Saúde. Muitos pacientes que passaram pelo Regional receberam as pulseiras azuis e verdes, conforme o protocolo de Manchester, que apontam menor gravidade de sintomas. Panoramas que poderiam ser resolvidos diretamente nos bairros. 

“Então podemos fechar as UBSs? Vamos atender tudo em pronto atendimento? Vamos nos colocar no lugar do pai, ao invés de ir à UBS, onde posso ter demora para realizar um exame ou um procedimento, vou no pronto atendimento, que fica tudo pronto na hora. A maior parte dos nossos atendimentos são verdes e azuis nessa semana. Por isso precisamos dar mais agilidade na atenção básica para levar as pessoas para lá. Esse fortalecimento tem que ser da parte da gestão [governo municipal], que tem que dar segurança para as pessoas”, opinou o diretor do Regional. 

Durante a entrevista, ele também respondeu às críticas sobre uma possível demora exagerada no atendimento e garantiu que haverá uma mudança no painel eletrônico disponibilizado no saguão de entrada. Antes, o tempo médio era calculado com os três últimos registros, mas passará a ser diretamente pelo último.

“Não adianta encher de médico e enfermeiro se não vou ter espaço. Esse estudo de horários ajuda a visualizar quando preciso ter um médico, que horas preciso ter dois médicos... e pode ter oscilações. Então vamos falar que na segunda tenho três médicos a partir do horário de almoço, e vamos supor que um médico atenda a três pacientes por hora, é uma capacidade de nove crianças atendidas por hora. Se na primeira hora chegar 12 pacientes, ficaram três crianças para trás. Aí depois de uma hora, chegou mais 12 pacientes, então são mais seis em espera. Por isso que tem técnica para poder fazer gestão. (...) Nós estávamos utilizando o tempo médio das três últimas esperas [no painel], mas agora vamos usar o tempo médio da última. Se pegou a pulseira da cor azul e demorou três horas para o médico chamar, vamos usar essas três horas como tempo de espera”, concluiu Frederico Ramos. 
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