Nesta terça-feira (5), o secretário do Agronegócio (Sagri), Agnaldo Silva, visitou a fazenda São José e falou sobre a tendência de crescimento vertical das lavouras de cana-de-açúcar e, consequentemente, da produtividade.
Ele esteve na propriedade, localizada na região do Vale do Tijuco, distante 40 quilômetros do perímetro urbano de Uberaba, onde o produtor Alexandre Cavalcante planta 700 hectares de quatro cultivares diferentes da cana-de-açúcar. No momento, está na metade da colheita, que neste ano atrasou em razão de seca, geada e fogo, dentre outros fatores.
O titular da Sagri comentou o fato de o Município manter-se como maior produtor nacional da cana-de-açúcar (nos últimos cinco anos), fator preponderante por colocar Uberaba, agora em 2024, como 30º melhor ranqueado entre as cidades mais ricas do agronegócio brasileiro. Ranking baseado na Produção Agrícola Municipal (PAM), por meio de pesquisa promovida pelo IBGE em 2023.
Agnado ressaltou que Uberaba, há décadas, é reconhecida pela liderança nos setores da agricultura e pecuária. “Mais recentemente, passamos a liderar, especificamente, na produção de cana-de-açúcar, com 9,6 milhões de toneladas do produto/safra. Hoje, contamos com duas usinas no Município, sendo que outras cinco, com sedes em outras cidades, também plantam aqui. São divisas que chegam através de ICMS e commodities, dentre outros segmentos da economia, que nos possibilitam investir ainda mais em educação, saúde e infraestrutura”, ressaltou.
Isto sem falar na geração de emprego e renda e no grande movimento que o setor sucroalcooleiro gera no comércio e indústria do polo Uberaba, complementou.
Atualmente, disse o secretário do Agronegócio, a área plantada em cana é de 120 mil hectares em Uberaba e mais 20 mil em formação. “Números que levam a crer na ampliação da área em 2025,” destacou, ponderando, contudo, que um dos fatores que tem alegrado muita gente é a tendência de crescimento vertical na produção da cana-de-açúcar.
“Quando conversamos com produtores, fornecedores e técnicos das usinas, eles falam muito nisso. Menos áreas e mais plantas longas e de qualidade para aumentar a produtividade”, relatou.
Independentemente disso, Agnaldo Silva fez questão de ressaltar que Uberaba não está vinculada à monocultura, com destaque para outras culturas, como a soja (uma tradição) e aquelas que estão em franca expansão no Município, como sorgo e trigo de cerrado, além do setor de hortifrutigranjeiro, com os avanços das produções de batata, cenoura e alho.