Um dos objetivos da parceria com a universidade é ampliar o número de alambiques regularizados (Foto/Reprodução)
Pequenos produtores de municípios das regiões Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas firmaram parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisas Sucroenergéticas, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), para compartilharem conhecimento, fortalecerem a cadeia produtiva e elevarem o número de alambiques regularizados.
O trabalho da UEMG consiste na busca de maior qualidade química e sensorial para a bebida. A análise avalia as leveduras e as condições de fermentação, fatores que influenciam no sabor da bebida.
Os produtores estão organizados através da Associação dos Produtores de Cachaça de Alambique do Cerrado Mineiro (caCem). Criada em 2020, conta com cerca de 30 produtores que se reúnem, todos os meses, de forma presencial, em sua sede, em Araxá.
A parceria com a UEMG chega no momento em que a instituição está promovendo uma pesquisa para identificar características comuns no território que podem embasar o registro da Indicação Geográfica (IG), que reconhece a região como produtora de um determinado produto ou serviço.
Em 2023, o Brasil contabilizou 1.217 cachaçarias registradas, um aumento de cerca de 8% em relação a 2022, de acordo com o Anuário da Cachaça 2024, divulgado pelo Mapa. Minas Gerais consolidou-se como o estado com o maior número de cachaçarias, somando 504 estabelecimentos, o que representa 41% do total nacional. É a primeira vez que um estado supera a marca de 500 cachaçarias registradas. Minas lidera, também, em diversidade de marcas, com uma média de 8,6 registros por estabelecimento, totalizando 4.341 marcas.
Em 2024, uma das cachaças que fazem parte da caCem levou duas medalhas no concurso Spirits Selection 2024, uma das competições internacionais mais prestigiadas do mundo, focada na avaliação de destilados. Neste ano, o concurso aconteceu em Guanajuato, México.