Produtos da cesta básica variam mais de 800%, revela o Procon

A compra da cesta básica em Uberaba exige do consumidor uma boa dose de paciência e muita pesquisa. É que, segundo levantamento da Fundação Municipal Procon de Uberaba, a variação de preços dos produtos entre os estabelecimentos pesquisados pode ultrapassar os 800%. É o caso do papel higiênico, que entre o menor e o maior preço encontrados, chega a ter diferença de nada menos que 822,48%.

A menor diferença é encontrada no óleo de cozinha, 9,39%. O menor valor cobrado pelo produto é de R$6,39 e o maior R$6,99. Produtos que fazem parte da cultura alimentar do brasileiro, a dupla arroz e feijão também têm uma diferença significativa de preços. A variação no preço do arroz é de 137,47% e do feijão, de 68,09%.

Outro produto que apresenta variação enorme é o molho de tomate de 300 gramas, 632,91%. O menor preço encontrado na pesquisa realizada pelo Procon é de R$0,79 e o maior, de R$5,79.

A pesquisa realizada pelo Procon traz 26 produtos, incluindo, além de gêneros alimentícios, produtos de higiene pessoal.

A Cesta Básica Nacional, regulamentada pelo Decreto 399 do governo federal, de 30 de abril de 1938, é composta por uma lista de 13 produtos considerados fundamentais para a subsistência de uma pessoa durante um mês, assim como a quantidade necessária de cada item.

O levantamento do Procon constatou a queda de preço de alguns produtos, como o arroz, de 0,1%; o pacote de açúcar de 2kg (9,8%), o café moído de 250g (15,5%), o molho de tomate 340g (5,7%), a margarina (1,5%), a ervilha (7%), o macarrão parafuso (1,9%) e o macarrão espaguete (1,9%).

Apresentaram alta nos preços o feijão (26,7%), o molho de tomate 300g (37,5%), a salsicha kg (10,7%), a sardinha enlatada (1,9%), o óleo de soja (12,6%), a manteiga 500g (24%), o café moído 500g (5,9%) e o creme de leite (16,4%).

Custo. No mês de abril, o custo da cesta básica aumentou em 14 das 17 capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a pesquisa, a cesta só não subiu em Natal, onde o preço médio apresentou queda de 1,48% em relação a março; em Salvador (-0,91%) e em Belém (-0,57%).