No IFTM, movimento já inicia a comunicação à reitoria sobre setores a ser atingidos, enquanto na UFTM, assembleia na quarta-feira deve deliberar sobre o assunto
Está marcada para segunda-feira (8) a deflagração da greve nas unidades de educação federal em âmbito nacional. Em Uberaba, profissionais do IFTM (Instituto Federal do Triângulo Mineiro) sinalizaram adesão à mobilização, porém, ainda não foi informado o número de profissionais que devem paralisar as atividades, mantendo assim o calendário escolar.
A instituição foi notificada pelo sindicato na quinta-feira (4). Segundo o coordenador da seção de Uberaba do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Paulo Biulchi, cerca de dois terços dos profissionais sindicalizados devem aderir ao movimento. O sindicato informaria ainda nessa sexta-feira (5) a quantidade de profissionais que irão paralisar.
Entre as principais reivindicações estão a reestruturação da carreira de técnico-administrativo e docentes, recomposição salarial, revogação de normas aprovadas pelos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro e recomposição do orçamento dos institutos federais, com reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Até o momento, a administração ainda não recebeu sinalização de quantas pessoas devem aderir à greve, mantendo o calendário escolar inalterado. Ainda conforme o reitor, será feito acompanhamento diário das atividades em funcionamento.
“Até para que a gente saiba exatamente quem são os servidores que vão aderir ao movimento de greve e conforme cada campus vai notificando os setores envolvidos na greve, a gente vai tomando decisões”, detalha.
As reuniões com o sindicato devem começar também na próxima semana. “Esse diálogo entre nós da gestão e o comando de greve vai fazer parte da nossa condução nesse momento de ação do exercício do direito de greve que os servidores estão exercendo”, afirma.
UFTM
Já a Associação de Docentes da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) informa que deve ser deliberada a adesão ou não à greve na próxima quarta-feira (10). Segundo o presidente da Associação, Wendell Meira, levando em consideração o panorama atual, a possibilidade é de deflagração.
“Algumas universidades no Brasil já estão entrando em greve. Os técnicos, quase todos já estão em greve, mas o movimento dos docentes ainda está encaminhando. Se for pela conjuntura, a tendência é aderir. Pelo descaso do governo federal, que não aceita negociar. Já encerraram as negociações dia 29 de fevereiro e eles falaram que não têm mais motivo para tentar negociar, mas ao mesmo tempo é dado aumento de 22% para a Polícia Federal e para o Judiciário. Então, a situação está bem crítica. E não é só salarial, é questão do plano de carreira, qualidade de trabalho, estrutura para o trabalho, então tem muita coisa para reivindicar”, relata.