EM NEGOCIAÇÃO

Professores das escolas particulares do Triângulo não aderem à paralisação estadual

Tito Teixeira
Publicado em 09/05/2023 às 20:30Atualizado em 10/05/2023 às 06:19
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Sala de aula (Foto/Reprodução)

Professores das escolas particulares de Minas Gerais anunciaram paralisação para esta quinta-feira (11). A categoria aprovou o estado de greve, após rejeitar proposta de reajuste do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe/MG). 

O movimento previsto para ocorrer em nível estadual não deve acontecer no Triângulo Mineiro. De acordo com o diretor regional do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro), Marcos Mariano, a categoria está próxima do acordo com o sindicato patronal.

Segundo Mariano, durante rodada de negociação agendada pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT/MG) ocorrida em 28 de abril, os representantes do sindicato das escolas particulares em mesa de negociação rejeitaram o índice de 4,36%. “Vamos aguardar outra rodada para esta quinta-feira (11). A expectativa é que a proposta patronal possa ser melhorada e, caso isso não aconteça, já foi comunicado aos donos das escolas que haverá grande mobilização e consequentes ações em defesa do respeito à educação e ao trabalho docente”, ressaltou o presidente do Sinpro.

Conforme Mariano, a categoria, além de não ter aumento real, teve seu salário desvalorizado nos últimos anos. Os professores e professoras estão há anos sem ganho real. Em 2020, a reposição foi de 0%, e em 2021 e 2022, o reajuste não repôs nem a perda da inflação. A defasagem salarial já se acumula em mais de 10%.

Sobre a possibilidade de paralisação dos professores da rede particular de ensino, prevista para esta quinta-feira, em nota, o Sinepe/MG afirmou que está sempre atento às deliberações das assembleias dos sindicatos das categorias profissionais.

“Em nossas históricas interações, há décadas, as negociações acontecem de forma aberta e equilibrada, em busca de soluções fundamentadas em diálogos e conversações, dinâmicas e detalhadas, envolvendo os interesses, as realidades e os limites apresentados pelos nossos representantes e pelos representantes dos profissionais que trabalham em nossas instituições de ensino. Em todos esses anos, conseguimos ajustar, adequar e orientar respostas e soluções que atenderam as partes e geraram acordos pontuais”, destacou a nota. 

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