Nesta segunda, professores realizaram manifestação regional em Uberlândia contra a condução das negociações por parte do governo (Foto/Arquivo)
Professores da rede estadual de ensino, na região do Triângulo Mineiro, realizaram paralisação nessa segunda-feira (20) contra a proposta de reajuste salarial de 3,62%, do governador Romeu Zema (Novo) para os servidores do Estado.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), até o fechamento desta matéria, ainda não havia finalizado o balanço sobre a adesão à paralisação em Uberaba. No município, são 40 escolas da rede estadual. Além do Triângulo Mineiro, também ocorreram manifestações no Alto Paranaíba e Noroeste de Minas.
De acordo com a coordenadora regional do Sind-UTE, Maria Aparecida Oliveira, na região do Triângulo Mineiro, houve concentração em Uberlândia, onde saíram em passeata numa manifestação em defesa da educação mineira, pelo pagamento do Piso Salarial Nacional e contra os ataques do governo do Estado aos direitos dos servidores.
Maria Aparecida destacou a importância das mobilizações regionais para conscientizar a população de Minas Gerais sobre o descaso do governo Zema com o setor educacional. “Não podemos nos silenciar diante do fato dos trabalhadores e trabalhadoras da educação estarem recebendo metade do valor do salário (Piso Nacional do Magistério)”, ressaltou.
Para o Sind-UTE, o governador de Minas teria transformado o piso salarial em teto. Para o sindicato, ao propor um reajuste de 3,62%, o índice não recompõe as perdas da inflação. Além da questão do índice de reajuste, a categoria protesta contra Projeto de Lei do Executivo, enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que traz mudanças do Ipsemg.
Conforme os sindicalistas, o projeto vai aumentar o custo da assistência social para o servidor e para a servidora. Para o Sind-UTE, se aprovado o projeto do Ipsemg, o reajuste de 3,62% não terá efeito nos vencimentos dos trabalhadores. A coordenadora regional do Sind-UTE diz que o objetivo das mobilizações e paralisações regionais é denunciar o governo Zema à população mineira. O sindicato entende que há, por parte do governo, um descaso, o desmonte do setor público e a destruição da educação em Minas Gerais.
As ações regionais pelo Estado foram definidas em assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras em educação e já ocorreram na Capital, em Juiz de Fora, Ipatinga e Montes Claros; agora, aconteceram no Triângulo Mineiro, Noroeste e Alto Paranaíba. No dia 24, as ações de mobilização da Campanha Salarial ocorrerão nas regiões Sul e Centro Oeste.