REINVINDICAÇÕES

Professores particulares do estado definem greve, mas Uberaba não será afetada

A greve dos professores da rede particular é uma resposta à insatisfação com as propostas dos proprietários das escolas em relação aos direitos da categoria

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 06/09/2023 às 09:41
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Segundo o diretor regional do Sinpro, Marcos Mariano, a diretoria local apenas apoia diretamente a decisão a nível estadual, mas já houve acordo firmado e cumprido no Triângulo Mineiro (Foto/Divulgação)

Segundo o diretor regional do Sinpro, Marcos Mariano, a diretoria local apenas apoia diretamente a decisão a nível estadual, mas já houve acordo firmado e cumprido no Triângulo Mineiro (Foto/Divulgação)

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) definiu pela greve da categoria da rede particular de ensino durante uma assembleia realizada na tarde desta terça-feira (5). Na terça, mais de 30 escolas em Belo Horizonte tiveram suas rotinas de aula impactadas devido à adesão de educadores ao movimento. Em Uberaba, não há movimento de paralisação.

A greve dos professores da rede particular é uma resposta à insatisfação com as propostas dos proprietários das escolas em relação aos direitos da categoria. Entre as propostas estão a redução do adicional por tempo de serviço, mudanças na igualdade salarial e a implementação de férias exclusivamente entre 26 de dezembro e 24 de janeiro, com um recesso entre 25 e 31 de janeiro, o que, segundo o Sinpro-MG, permitiria a convocação dos professores durante esse período.

Valéria Morato, presidente do Sinpro-MG, informou que uma nova assembleia está agendada para a próxima segunda-feira, 11 de agosto, às 9h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Além disso, para a quarta-feira (6), está programada uma manifestação em frente à sede do sindicato das escolas particulares.

Em Uberaba, no entanto, não há movimento grevista. Segundo o diretor regional do Sinpro, Marcos Mariano, a diretoria local apenas apoia diretamente a decisão a nível estadual, mas já houve acordo firmado e cumprido no Triângulo Mineiro.

"Aqui no Triângulo Mineiro fechamos a convenção coletiva. A única que está faltando chegar a um acordo é na região metropolitana de Belo Horizonte. Nós estamos solidários, firmes na luta, devemos estar presentes para apoiar a luta a partir de segunda. Temos a expectativa que, na negociação que se dá no Tribunal Regional do Trabalho, chegaremos a um consenso com o sindicato patronal. Aqui na nossa região conseguimos fechar o acordo, no dia 21 de agosto, em audiência no TRT, e assinamos a convenção coletiva. De certa forma, não foi o que queríamos, mas chegamos a um consenso. As escolas do Triângulo conseguiram alguma atualização, e nós estamos aguardando o cumprimento do que foi acordado, que está acontecendo", revelou Marcos ao Jornal da Manhã.

O diretor regional reforça que é uma negociação importante porque há um congelamento de salário dos professores há dois anos. "Desde o início do ano, estamos negociando na mesa, tentando acordo com o sindicato patronal, e eles insistem na retirada de direitos. (...) Na pandemia chegamos a ficar zerados, em 2020, abrimos mão da inflação. Temos uma defasagem muito grande. A desvalorização do docente da rede particular em Minas Gerais se dá há mais de cinco anos, enquanto as mensalidades escolares têm os reajustes com relação à inflação. A desigualdade é muito grande", ponderou.

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