Segundo a diretora de Atenção Básica, Aline Tristão, são 53 equipes atualmente que visitam as residências de Uberaba
Movimento de usuários na UMS Roberto Árabe Abdanur (Foto/JC Duran)
Com meta de atender 4 mil usuários por equipe, estipulada pelo Ministério da Saúde, o Programa de Saúde da Família (PSF) em Uberaba desenvolve atividades dentro e fora de residências e tenta manter a adesão das famílias cadastradas com esquemas em grupo ou individuais. Em entrevista à Rádio JM, a diretora de Atenção à Saúde, Aline Tristão, revelou que são 53 equipes atualmente, ou seja, cerca de 212 mil uberabenses deveriam receber o apoio do PSF diretamente.
Primeiramente, é importante lembrar que nem toda a assistência do PSF é feita nas residências. Em casos de pacientes não acamados, com possibilidade de estarem presencialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), os médicos fazem o direcionamento e o atendimento é feito em cada postinho.
“Os profissionais fazem a avaliação de risco, o diagnóstico, para nós sabermos o que temos dentro daquela estratégia, porque nem todos os quatro mil cadastrados nesta equipe vão precisar de atendimento domiciliar. Alguns tem as condições de irem às unidades básicas de saúde e fazer o atendimento na unidade”, explica Aline Tristão.
Ainda de acordo com a diretora, feita a avalição, a equipe irá trabalhar em identificar os pacientes que são considerados domiciliados ou acamados e organizar um cronograma que garanta visitas a esses pacientes pelo menos uma vez na semana. Essa equipe é composta por um técnico de enfermagem, um enfermeiro, um médico, um dentista, entre outros profissionais.
É necessário que os atendimentos a domicílios aconteçam somente nos casos mais drásticos, devido às outras atividades executadas dentro do cronograma dos profissionais. “A equipe do PSF também desenvolve outras atividades dentro das unidades, que precisam ter esses usuários ali dentro, como, por exemplo, os grupos. E a gente também não pode deixar de falar que essa equipe também, dentro da unidade básica de saúde, faz os atendimentos individuais, que também tem as consultas dentro das unidades”, esclarece Aline.
Desta forma, além de atender à família designada, os profissionais mantêm a rotina nas UBS de atendimentos casuais, marcações de exames e consultas, e também urgências. O programa realiza atendimentos em geral e não apenas casos clínicos. Porém, com um limite de vagas para que o médico garanta uma consulta mais aprofundada, voltada para a rotina e cotidiano do paciente.
“Ela vai avaliar sua situação e vai organizar os atendimentos dentro da agenda do profissional. Não é uma unidade que tem aquele atendimento de livre demanda pela questão de horário e atividades que precisam ser realizadas naquele período. Muitas das vezes, tem que sair para fazer os atendimentos fora da unidade, tem que fazer renovação de receita dentro da unidade, muitas das vezes o profissional faz o atendimento individual e em seguida precisa ir para uma atividade em grupo. Tem uma dinâmica diferente da de um pronto atendimento”, finaliza Aline Tristão.