As árvores foram retiradas, mas os buracos continuam visíveis no cruzamento das ruas Uruguai e Equador, lugar alvo da ação de moradores que, na última terça-feira, plantaram bananeiras e outras espécies nas partes defeituosas do asfalto no bairro Fabrício.
“Eles têm todo o direito de protestar, mas enquanto não parar de chover eu não tenho condição de cuidar dos buracos”, afirmou o secretário de Infraestrutura, José Eduardo Rodrigues da Cunha, referindo-se à manifestação.
De acordo com José Eduardo, a atitude dos moradores é justificável. No entanto, o apelo dele é para que as pessoas conscientizem-se de que enquanto o período de chuvas não terminar, o trabalho das equipes da operação tapa-buracos fica prejudicado.
Já o subsecretário Wilson Franco considerou a atitude absurda. “Se toda a cidade fizer isso, o que vai virar Uberaba”, questiona. “Temos consciência que o problema é generalizado, mas, se fosse só por boa vontade já estaria finalizado”, afirma Franco, acrescentando que colocar massa asfáltica no chão molhado seria desperdício de dinheiro. “Gastamos 80 toneladas de asfalto por dia, mas o chão tem que estar seco, pois no último fim de semana, por exemplo, todo o trabalho foi perdido”, diz.
Ontem, como choveu durante todo o dia, o tapa-buracos ficou restrito ao apoio à obra do Codau, na avenida Leopoldino de Oliveira. “Mas equipes continuam no Fabrício esperando a chuva parar. As próximas ruas serão as que passam perto da rua Delfim Moreira”, garante.
A expectativa, segundo Franco, é a de que até a próxima semana outras duas equipes sejam adicionadas à operação. “A intenção é chegar a sete turmas, utilizando os funcionários aprovados no último processo seletivo”, conclui.