A quadrista Eva Porto levou um susto ontem (21), quando passava pela av. Maranhão, no bairro Universitário. Um galho se soltou de uma das grandes árvores do canteiro central e caiu em cima do carro dela. O parabrisa quebrou e ela teve outros prejuízos causados pelo galho, como quebra dos paralamas dianteiros e capô amassado.
O trânsito foi interrompido parcialmente na praça Frei Eugênio, no bairro São Benedito, também por causa da queda de um galho de uma das árvores frondosas que cobrem as ruas das imediações. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros, que retirou o galho, causador de prejuízo a mais um proprietário de veículo.
O diretor de recursos ambientais da Secretaria de Meio Ambiente, José Sidney Silva, conta que 40% das árvores em Uberaba foram plantadas inadequadamente, como as sete copas, sibipiruna (prima do Pau Brasil) e mangubas. Na praça Frei Eugênio, como ele conta, todas são árvores da espécie sete copas, que são muito grandes e frondosas. Em frente ao Hospital de Clínicas e no bairro Estados Unidos ele também observa as árvores que não são adequadas para estes locais.
Ele conta que na semana passada seis árvores que estavam para cair perto de uma clínica, na av. Santos Dumont, foram retiradas pela prefeitura. A ideia é de substituir aos poucos as espécies que causam mais problemas. No Horto Municipal, como ele explica, nem são produzidas mudas dessas árvores para não se correr o risco de alguém confundir e plantar as espécies na calçada.
O trabalho de corte é feito por meio de análise dos pedidos e se não tem condições de sobrevida no local, cortam imediatamente. As árvores de Uberaba estão sendo avaliadas por meio de dados colhidos pela Secretaria de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros, Cemig e Defesa Civil, que percorrem as principais avenidas analisando as plantas.
Segundo ele, há 30 espécies recomendadas para a área urbana, e a secretaria procura orientar o plantio de árvores nativas do cerrado, como quaresmeira, calistemo e dama da noite. Para ele, o ideal seria o oiti, que não é da nossa região, mas também é adequada. “A diversidade é importante para que se possa manter a biodiversidade da fauna e da flora”, finaliza.