Nas fortes chuvas do fim de outubro foram mais de 100 quedas de árvores na cidade, o que agravou o problema da falta de energia
Um dos maiores problemas é a existência de árvores inadequadas embaixo da rede elétrica, oferecendo risco, explica a Cemig (Foto/Arquivo)
Hoje, mais da metade das ocorrências de falta de energia é atribuída a quedas de árvores. Segundo o agente de relacionamento da Cemig, Hudson Ferreira, o problema foi intensificado com a queda de mais de 100 árvores durante as tempestades registradas no final de outubro.
Em entrevista ao programa Pingo do J, Ferreira explica que muitas árvores estão plantadas em locais inadequados, o que causa prejuízos à rede elétrica e às próprias árvores. “Nós temos, em Uberaba, uma grande quantidade de palmeiras imperiais com mais de 20 metros de altura. Quando as folhas dessas árvores caem sobre a rede, acabam causando curtos-circuitos. Por isso, contamos com uma equipe de poda, que segue técnicas internacionais de manejo”, relata.
Leia também: Justiça determina que Cemig adote medidas para garantir fornecimento contínuo de energia em Frutal
O agente destaca, que o plano de arborização elaborado pela Prefeitura de Uberaba, com participação da Cemig, deve resolver esse problema, plantando as espécies adequadas nos locais apropriados.
“Eu mesmo participei desse projeto, que está em parceria com a Cemig. Por exemplo, se você planta uma sete-copas embaixo de uma rede elétrica, quando ela atinge a altura adulta, entra em contato com a fiação. Temos um problema sério com coqueiros, pois eles não permitem poda adequada. Quando chegam a uma determinada altura, é impossível realizar a poda,” comenta Ferreira.
Atualmente, a Cemig conta com uma equipe de poda em atuação há quase dez anos no setor. “A técnica de poda que a Cemig utiliza, na maioria das vezes, é a de formar um túnel ou realizar a poda em formato de V, para que a árvore não cresça em direção à fiação,” explica.
Segundo a Prefeitura de Uberaba, a Superintendência de Serviços Urbanos já recebeu mais de 140 ocorrências envolvendo quedas de árvores. A cidade está sob decreto de emergência, com validade de 180 dias, o que facilita a implementação de medidas para minimizar os impactos das chuvas e prevenir novos incidentes, incluindo a aquisição de bens essenciais, contratações emergenciais e obtenção de recursos federais e estaduais.