Reajuste de 8,9 % nas tarifas de água e esgoto, anunciado pelo Codau, entrará em vigor em janeiro, mas já desagrada os uberabenses.
A comerciante Eliane Cristina Ferreira reclamou da notícia divulgada pelo Jornal da Manhã. Ela fez críticas ao trabalho da autarquia, que ainda não resolveu o problema de um vazamento de água na avenida Mei-Mei, no Parque São José, que perdura a mais de três semanas.
Eliane protesta contra o reajuste e questiona a qualidade dos serviços prestados pelo Codau. “Será que as taxas que pagamos estão mesmo sendo investidas em alguma coisa, porque tantas reclamações de vazamentos então”, questionou.
O presidente do Codau, José Luiz Alves, esclareceu que houve necessidade de atualização dos valores em razão dos muitos compromissos com as obras na cidade. Ele lembrou ainda o financiamento do projeto Água Viva que precisa ser pago. José Luiz disse que o reajuste significa atualizar as tarifas pelo Índice Geral de Preço do Mercado, o IGPM.
O servidor público estadual Renato Borges de Morais não se convenceu com o argumento do presidente da autarquia. Para Renato, o reajuste de quase 9% é incoerente, e se colocado diante de uma planilha de custos e planejamento apontaria irregularidades. Ele observou que os consumidores já desembolsam um determinado valor com a tarifa de esgoto para suprir outras necessidades do Centro.
Renato reforçou que diante de cálculos junto aos números dos índices inflacionários, o valor máximo e aceitável para o reajuste seria de no máximo 6%.
“É um desrespeito ao consumidor, estão extrapolando as referências da economia por meio de um decreto, para ocultar um aumento acima do permitido por lei, não há justificativa”, protestou Renato, questionando ainda os direitos do consumidor e a Constituição Federal.