Há um mês, a Caixa Econômica Federal, organizadora dos sorteios da Mega-Sena, recomendou que os bolões não fossem mais realizados. Por causa da proibição, as casas lotéricas estão registrando queda no faturamento, confirmada pelo Sindicato dos Empresários Lotéricos do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sindlot). De acordo com alguns empresários do setor, a receita já diminuiu cerca de 40% em alguns estabelecimentos. Ontem, a equipe do Jornal da Manhã esteve em três lotéricas da cidade. Em duas delas, uma no centro e outra no bairro Jardim Induberaba, os bolões continuam sendo vendidos, apesar de não estarem mais expostos nos vidros. De acordo com uma funcionária das lotéricas, a proibição dos bolões não prejudica só as loterias, mas também o salário dos atendentes, que recebiam comissão referente a cada jogo vendido. Responsáveis pelas lotéricas foram procurados para falar sobre o assunto, mas a reportagem não obteve resposta. A Associação dos Lotéricos de Uberaba (ASLOTU) fez uma reunião com os associados e passou a recomendação da Caixa. Mas, segundo a presidente Zulmira Amélia, o papel da associação não é fiscalizar, e sim defender as lotéricas. Proibição. Em fevereiro, a Caixa recomendou o fim do bolão, em função do ocorrido em Novo Hamburgo (RS). Apostadores compraram cotas do bolão para o concurso 1.155, realizado no dia 20, mas ao procurarem a lotérica, na segunda-feira seguinte, encontraram o estabelecimento fechado. Eles, então, recorreram à Superintendência Regional da Caixa para reclamar o prêmio e foram informados de que não havia registro do jogo.