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Redes sociais e pressão digital elevam risco de suicídio entre adolescentes em Uberaba

Especialista alerta que excesso de tempo online e comparação social aumentam risco de depressão e suicídio entre jovens em Uberaba

Maria Luísa Lopes
Publicado em 28/12/2025 às 13:35
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Superexposição online, isolamento e ausência de atenção familiar são fatores que elevam o risco de adoecimento emocional. (Foto/Reprodução)

Superexposição online, isolamento e ausência de atenção familiar são fatores que elevam o risco de adoecimento emocional. (Foto/Reprodução)

O uso intenso de redes sociais e a pressão digital têm contribuído para o aumento de casos de depressão e risco de suicídio entre adolescentes em Uberaba. O alerta é do psicólogo Sérgio Marçal. Em entrevista à Rádio JM, ele explicou que superexposição online, isolamento e ausência de atenção familiar são fatores que elevam o risco de adoecimento emocional. 

Adolescentes chegam a passar até seis horas por dia conectados às redes sociais, consumindo conteúdos rápidos e muitas vezes irreais. Sérgio Marçal alerta que essa superexposição leva a comparações prejudiciais e sensação de inadequação: 
“Você olha para a vida perfeita postada nas redes e sente que a sua não é suficiente. Isso vai nutrindo vazio e pode levar à depressão, isolamento e falta de motivação”, afirmou o especialista em saúde mental. 

Segundo o psicólogo, a pressão digital se soma à falta de vínculo familiar e social. “Tempo de qualidade, presença efetiva e acompanhamento próximo são fundamentais para ajudar adolescentes a lidar com frustrações e sentimentos de inadequação”, destaca. 

Marçal ainda lembra que escolas, CAPS infantil e o Nupaz (Núcleo Intersetorial de Prevenção à Violência e Promoção da Paz) monitoram sinais de sofrimento, abuso ou vulnerabilidade, oferecendo atendimento psicológico, notificação de casos e encaminhamentos legais quando necessário. 

O controle parental é fundamental. O psicólogo explica que aplicativos como o SaferNet e o FamilySafe permitem monitoramento da navegação e histórico digital dos adolescentes, prevenindo exposição a conteúdos impróprios ou situações de risco. “O equilíbrio é a chave. Não se trata de proibir totalmente o uso da tecnologia, mas de combinar acesso digital com interação social, limites claros e atenção à saúde emocional”, finaliza. 

Pais e responsáveis podem buscar orientação em escolas, CAPS, Conselho Tutelar e demais órgãos da Rede de Proteção. Em caso de abuso ou risco iminente, é recomendada denúncia imediata aos canais oficiais de atendimento e proteção. 

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