Reforma no Bosque Jacarandá pode iniciar em março, afirma Secretaria de Meio Ambiente (Semam). O local passa por desativação para ser transformado em parque municipal e aguarda posicionamento do IEF (Instituto Estadual de Florestas). Expectativa é que lá aconteçam obras similares às da Mata do Carrinho.
Conforme informou o governo municipal ao Jornal da Manhã, as obras serão iniciadas após a transferência de três macacas, os últimos animais remanescentes no local, para posterior desativação do zoológico. A situação permanece inalterada pelo menos desde 2021, quando foi anunciado o fim da exposição de animais no local. Desde então, os bichos que viviam no Bosque Jacarandá têm sido direcionados a outros locais.
Atualmente, três macacas ainda aguardam transferência para um novo abrigo. No início de 2023, um fazendeiro manifestou interesse em abrigar as macacas remanescentes, mas o local para onde elas seriam levadas precisava de adaptações e regularizações conforme norma prevista por legislação. Também de acordo com informações repassadas pelo governo municipal, a conclusão da transferência está pendente junto aos órgãos competentes para a análise de informações complementares.
Esta também é uma situação que não é nova. O IEF acompanha a transferência das macacas e, questionado pelo JM em setembro do ano passado, posicionou que a liberação dos animais para a transferência requer mantenedouro com Autorização de Manejo (AM) emitida e dentro da validade. “No caso, o mantenedouro que pretende receber os animais será um novo empreendimento, e ainda não possui AM, estando em fase de solicitação de Autorização de Instalação. Nesta fase, o recinto dos primatas será construído”, esclarece a nota.
O Jornal da Manhã entrou em contato com o IEF em busca de atualizações sobre o processo. No entanto, até o momento, não houve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.
Recentemente, a Prefeitura de Uberaba descartou a privatização do Bosque Jacarandá neste ano, bem como da Mata do Ipê. Em nota, o governo municipal posicionou que, apesar da parceria com a iniciativa privada para manutenção dos parques municipais poder trazer grandes ganhos em qualidade para essas áreas, é necessário que ocorra um estudo e discussão com a sociedade.
Ainda, em novembro do ano passado, o biólogo da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), Paulo César Franco, posicionou o JM que o espaço deve ser transformado em um parque aberto, semelhante ao que é encontrado na Mata do Carrinho. O objetivo é proporcionar maior atratividade, além de promover um sentimento de pertencimento e uma melhor interação com a natureza.