Depois que Associação Nacional dos Médicos-Residentes (ANMR) apresentou ao Ministério da Educação uma proposta de reajuste de forma parcelada, a expectativa era de que o movimento grevista fosse encerrado ontem. Mas, a sugestão proveniente dos profissionais que aderiram à greve com a disposição para aceitar o aumento imediato de 28,7% e 10% em setembro do ano que vem, totalizando a porcentagem de 38,7%, foi rechaçada pelo Governo Federal.
A comissão que julga o caso, formada por representantes dos ministérios da Saúde e da Educação e dos Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde, não aceitou a proposta, apresentada no último dia 26. O grupo manteve outras propostas, como a licença-paternidade de cinco dias e a elaboração de projeto de lei que garanta a ampliação do período de licença-maternidade de quatro para seis meses.
Em Uberaba, o membro da comissão de greve Paulo Magno Guimarães disse que a adesão dos profissionais continua, sem déficit de participação e que os residentes aguardam ordens na Associação Nacional. “Nós estamos sendo direcionados pela representação nacional. A greve continua, pelo menos até a próxima segunda-feira (30)”, pontuou.
De acordo com Guimarães, a participação dos profissionais na campanha de doação de sangue promovida pelos grevistas não teve a força esperada. “Houve uma divisão e ficou a critério, os que quiseram doar, contribuíram, mas esperávamos mais”, finalizou.
O Ministério da Educação informou que novas negociações dependem do fim da greve, quando um grupo deverá discutir formas de melhorar as condições de trabalho dos residentes e avaliar outras possibilidades de reajuste da bolsa-auxílio.