PARQUE JACARANDÁ

Revitalização do antigo zoológico de Uberaba depende de transferência de três macacas

Somente após concluída a retirada de todos os animais, o Parque do Jacarandá passará por revitalização e será reaberto à população; interessado em adotá-las ainda não tem local construído

Daniela Miranda
Publicado em 02/07/2023 às 18:52Atualizado em 03/07/2023 às 07:35
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Macacas estão no Zoológico há anos (Foto/André Santos)

Apenas Kika, Chiquinha e Sofia, três fêmeas de macaco, aguardam no Parque do Jacarandá a próxima “casa” após o encerramento das atividades do Zoológico Municipal de Uberaba e transferência de todos os animais, atendendo a um TAC com Ministério Público. A Prefeitura de Uberaba afirma que somente após a retirada de todas as espécies, o parque será revitalizado e reaberto à população. Há sete meses foi anunciado que havia um mantenedor local interessado em adotá-las, porém, até o momento, a transferência não aconteceu por motivos de exigências legais.  

Sofia, de 18 anos, da espécie macaco-prego, passou mais da metade de sua vida no zoológico. Chiquinha, de 19 anos, também prego, chegou filhote, levada pelo Ibama. As duas e Kika, da espécie bugio, ainda vivem no local. O Jornal da Manhã procurou a Prefeitura de Uberaba para saber o andamento da transferência das primatas. Em nota, o governo municipal informou que os animais estão em local apropriado aguardando a liberação por parte do Instituto Estadual de Florestas (IEF), o que é fator condicionante para a aguardada reforma do espaço. 

“Não há previsão [de retirada], uma vez que essas questões de fauna envolvem diferentes órgãos da administração pública Estadual e Federal, mas as tratativas estão caminhando para sua finalização. Depois dessa transferência que começa o processo licitatório das obras de adequação do parque”, informou a PMU. 

A situação das macacas chamou a atenção de um interessado, de Uberaba, nas transferências, que teria um santuário particular para recebê-las. Porém, o IEF, responsável por analisar as questões ambientais referentes à fauna e flora em Minas Gerais, informou que ele ainda não possui os recintos necessários e nem a Autorização de Manejo (AM) emitida e dentro da validade. Por não ter definição legal de existência, esse espaço é considerado como mantenedouro, um empreendimento sem fins lucrativos, com a finalidade de guardar e cuidar em cativeiro espécimes de fauna silvestre ou exótica, sendo vedada a reprodução, exposição e comercialização dos animais, produtos ou subprodutos. 

Macacas aguardam no Parque Jacarandá o novo destino (Foto/André Santos)

“No caso, o mantenedouro que pretende receber os animais será um novo empreendimento, e ainda não possui AM, estando em fase de solicitação de Autorização de Instalação. Nesta fase, o recinto dos primatas será construído. Não é possível estimar um prazo para a conclusão do processo, pois, como informado anteriormente, o empreendimento é novo e ainda não possui recintos para as macacas”, explicou o Instituto. 

Em dezembro de 2022, aconteceu a transferência de veado-catingueiro para a Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, restando desde então apenas as macacas no Parque Jacarandá. Em 2019, a Prefeitura de Uberaba assinou termo de compromisso com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) assumindo a obrigação de realizar a adequação estrutural do zoológico municipal Parque do Jacarandá, indicando quais recintos seriam desativados e para onde seriam destinados alguns dos animais.  

A reportagem também procurou Ministério Público para entender os prazos envolvidos na transferência de todos os animais do Parque Jacarandá, porém, até o fechamento desta matéria, não há retorno.  

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